A possível decisão do governo do Estado de prorrogar o decreto proibindo o funcionamento dos chamados serviços não essenciais, a partir da próxima segunda-feira (22), após a reunião do Comitê de Acompanhamento da Covid-19, que deve manter o Acre na faixa vermelha, encontra resistência de empresários locais.
Em nota, a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel/AC), alertou que a possível renovação do decreto "pode ocasionar falência dos restaurantes e bares e demissão de mais de 10 mil empregos diretos".
A entidade diz que "não é indiferente a todos os desafios que o Estado vem enfrentando (dengue, enchente e covid), porém o setor que segue desamparado por auxílios emergenciais não suporta mais o fechamento de suas portas.
O decreto Estadual segue ineficiente na luta pelo isolamento social, os dados comprovam que o índice de isolamento atual é menor que o índice de isolamento antes
do decreto".
A Abrasel informou que apresentou ao comitê "um plano seguro e eficiente para flexibilização do decreto, sem que o setor seja um vetor para doença".
Segundo o presidente da Abrasel, Paulo Brum, o setor não suporta mais o fechamento de estabelecimentos.
"Somos essenciais e estamos juntos na luta contra a covid-19 e todas as lutas que o Estado vem enfrentando, mas não temos mais condição financeira de suportar o fechamento, a demissão em massa não é mais uma opção, está se tornando uma obrigação", diz.