A pandemia causada pelo novo coronavírus provocou a suspensão de diversas atividades econômicas, entre as categorias mais afetadas está a de trabalhadores informais. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU) somente no primeiro mês de crise sanitária, esses profissionais perderam cerca de 60% dos rendimentos.
Em Rio Branco, os camelôs se enquadram neste perfil e com dificuldades estão atravessando a pandemia. Em meio a tudo isto, mais de 400 vendedores ambulantes estavam com uma dúvida, como garantir compra de produtos e capital de giro para retomar o trabalho já no novo shopping?!
Atenta a esta preocupação da categoria, a Secretaria Municipal de Agricultura Familiar (Safra), iniciou nesta segunda-feira, 28, uma negociação com as principais instituições financeiras e operadoras de crédito da cidade. O gestor da Safra e também presidente da Comissão de Transparência do Aquiri Shopping, Paulo Braña, iniciou as conversas em uma das agências do Sistema de Cooperativas de Crédito do Brasil (Sicoob). O objetivo é garantir que os camelôs tenham acesso a linhas de crédito, com taxas e juros especiais, já que estão há mais de 100 dias com suas atividades suspensas.
“Esse processo de pandemia está exigindo que a gente busque essas parcerias, compreendendo que esse público, sobretudo os lojistas que são os camelôs que vão para o shopping, vão precisar de crédito, de financiamento, capital de giro, para se estruturar, ajudar na preparação para a ocupação desse novo espaço que é o shopping”, explicou.
Para o gerente da agência Guaporé, aonde ocorreu a primeira reunião, John Kennedy, além de acessar crédito é importante que esses comerciantes saibam exatamente como garantir que esse dinheiro não vire somente uma dívida futura. “O Sicoob tem uma parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), pelo qual nós podemos garantir primeiro que esses lojistas passem por um treinamento e uma orientação financeira e saibam exatamente quanto eles precisam, como aplicar esse dinheiro e principalmente como fazer ele retornar em lucro”, disse.
Além do Sicoob, o Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal e o Sistema de Crédito Cooperativo (Sicred) serão procurados como forma de ampliar ainda mais esse auxílio aos camelôs.