O clima entre o Sindicato dos Médicos do Acre e a prefeitura de Rio Branco piorou depois que Tião Bocalom afirmou durante participação no Gazeta Entrevista que não é “mágico” e tampouco “salvador da pátria” para atender de imediato os médicos efetivos do Município que estão desde a última segunda-feira de greve.
O presidente do Sindmed, Guilherme Pulici, reagiu às declarações do prefeito e disse por meio de um vídeo veiculado no Instagram da entidade que a classe pede apenas o reajuste salarial, e não aumento, além da realização de concurso público, promessa feita durante campanha eleitoral por Bocalom.
Pulici acrescentou ainda que o prefeito diz que não pode atender o pedido dos trabalhadores argumentando que é preciso “verificar as finanças da prefeitura, mas recebe todo mês um salário de mais de R$ 17, 6 mil”, além de gordas diárias.
“Se recusa a negociar com os médicos. Ele afirma que não é mágico, que não faz milagre, para resolver o problema do salário defasado do médico que é de R$ 1, 8 mil. O prefeito, que não cuida da saúde da população, afirma que antes é preciso verificar as finanças do Município, mas recebe todo mês um salário de mais de R$ 17, 6 mil. Cada secretário de Bocalom tem um salário de R$ 12, 9 mil. Em Rio Branco o total de secretários chega a 20, um gasto mensal de R$ 260 mil, fora as diárias recebidas por ele, como a ida para a Conferência de Mudanças Climáticas, a COP26, na Escócia em que Bocalom e seu secretário receberam R$ 35 mil.”
O médico e sindicalista conclui o vídeo com a seguinte pergunta:
“O que vale mais? Pagar médicos que cuidam da sua saúde ou valores altíssimos a políticos que até o momento nada fizeram por você?”.