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Professora de História diz que blackface é um ato racista e deve ser combatido

Professora de História diz que blackface é um ato racista e deve ser combatido

No Podcast Conversa Franca desta segunda-feira, 27, os convidados foram a dançarina Karol Loriato e a professora de História Queila Batista. Nesta semana um assunto veio à tona sobre um ato racista até então desconhecido por mais de 50% da população acreana, o chamado blackface.

Queila Batista, que é formada em História pela UFAC, mestre em Letras, Linguagem e Identidade, e também membro do Núcleo de Estudo afro-brasileira Indígenas e da Rede Mulheres em Ação disse que o ato cometido por Karol Loriato é racista e deve ser combatido.

“Você naquele momento foi racista. O racismo não tem essa do bem e do mal. Ou não foi a intenção mesmo sem intenção, você foi racista e você feriu muitas pessoas. O blackface, como você disse, é uma caricatura dos nossos corpos, né? Então sim, é como você disse lá no seu post que eu vi, você queria uma coisa engraçada. Então é assim, até que ponto o meu corpo é piada? O meu cabelo é piada? Como assim? Isso aí a gente chama de racismo recreativo, que são as piadas com nossos corpos, com nossos lábios e nosso nariz, nosso cabelo”, diz.

Karol Loriato disse que sua intenção de ir caracterizada com a pele negra foi um ato de protesto contra o racismo que as pessoas sofrem constantemente, e que a decisão surgiu após o vídeo postado pela ex-BBB Gleici Damasceno.

“Eu não sabia, mas foi um erro e foi um erro horrível, por isso eu fiquei tão mal. E aí, eu fiz o quê, eu vou me pintar como se fosse forma de protesto. E eu nunca imaginei na minha vida. Não sabia o que era blackface. Eu não sabia nem que existia essa palavra. Ninguém chegou em mim para conversar, sabe?”, disse Karol.

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