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“Quanto vale a vida do seu filho?”: Emerson Jarude denuncia omissão do Estado por não pagar medicamento de jovem com câncer

“Quanto vale a vida do seu filho?”: Emerson Jarude denuncia omissão do Estado por não pagar medicamento de jovem com câncer

Deputado cobra governo do Acre por não cumprir decisão judicial que garante remédio vital para Kailliny, de 17 anos. Mãe faz apelo comovente: “Minha filha não pode esperar”

O drama vivido pela jovem Kailliny, de 17 anos, tem comovido e revoltado centenas de pessoas nas redes sociais após o deputado estadual Emerson Jarude (Novo) denunciar, nesta semana, o descaso do governo do Acre em garantir o tratamento que pode salvar a vida da adolescente, diagnosticada com um câncer grave.

“Quanto vale a vida do seu filho?”
A pergunta do parlamentar é dirigida ao poder público, que, mesmo após uma ordem judicial determinando a compra imediata do medicamento necessário para que a jovem possa realizar o transplante de medula óssea, segue sem cumprir a decisão.

Kailliny tem um irmão compatível para a doação, o que poderia representar uma esperança concreta de cura. No entanto, o remédio que prepara seu organismo para o transplante ainda não foi fornecido pelo Estado.

A mãe da jovem, em desespero, desabafa: “Minha filha não pode esperar. Eu não sei quanto tempo ela vai aguentar.” Segundo ela, a Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre) afirmou não ter verba para adquirir o medicamento, alegando tratar-se de um “medicamento de alto custo” e que o caso será repassado à União.

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Jarude relembra que a Justiça já havia determinado o pagamento em fevereiro deste ano. “O governo recorreu da decisão para não pagar esse dinheiro. Perdeu. E mesmo assim ignorou a ordem judicial. Sabe qual foi a desculpa? Primeiro disseram que iriam esperar o juiz decidir se tinha mesmo que pagar ou não. Depois disseram que estavam sem dinheiro. Depois disseram que o processo não tinha entrado como urgência. Agora dizem que está na fila junto com contas que se arrastam desde dezembro.”

O parlamentar faz duras críticas à seletividade da gestão estadual.
“Fila, para quem está lutando contra o tempo. A pergunta é simples: se fosse a fila de um político importante, estaria na fila também? Se fosse um contrato de 8 milhões de reais para alugar um jatinho, já teria sido pago? Se fosse jantar com camarão e vinho caro, a nota já estaria na mão? Mas, quando é uma menina pobre, moradora da Cidade do Povo, aí é diferente.”

Com lágrimas nos olhos, a mãe de Kailliny faz um apelo direto ao governador: “Eu peço que ele olhe encaricidamente para a minha filha, que ele venha fornecer esse medicamento.”

Jarude afirma que continuará denunciando a inércia do poder público.
“Eu vou denunciar todas as vezes que a burocracia do Acre tentar esconder a sua covardia atrás de papelada. Eu só espero que a caneta pesada do Estado use sua tinta para pagar o que deve antes que comece a derramar sangue de vidas inocentes”, desabafou Jarude.