Dados do Ministério das Cidades comprovam a pesquisa realizada pela Fundação Getúlio Vargas em dezembro do ano, que coloca o Acre entre os 10 estados mais pobres do País.
Quase 350 mil pessoas no Acre dependem do Programa Bolsa Família. É o que aponta o Ministério das Cidades, em publicação recente a respeito do pagamento do mês de fevereiro. São 86.793 famílias que multiplicadas por quatro membros (a média das famílias brasileiras é de quatro indivíduos) chega-se 347.172 pessoas.
O número de dependentes do Programa é considerado elevado. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) apontam que em 2019 a população do Acre era de 881.935 habitantes. Ou seja, quase a metade da população sobrevive com a transferência de renda do programa social do governo federal.
Este mês, foram injetados na economia do Acre R$ 23, 751 milhões. O valor do benefício médio pago não passa de R$ 273,65.
No final do ano passado a Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou um estudo em que mostra o Acre entre os 10 estados brasileiros com maior desigualdade de trabalho em 2019. De acordo com o índice Gini, que é medido em uma escala de 0 a 1 (quanto mais próximo de 1, mais desigual), o Acre apresenta índice de 0,65. Em comparação a 2014, ficamos mais pobres 5 pontos, saindo da casa dos 0,60.