A Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (Rbtrans), não vai devolver aos usuários do transporte coletivo os créditos que não foram utilizados nos últimos meses pelos trabalhadores ou estudantes que utilizam os ônibus da capital acreana. A explicação trata sobre o Decreto nº 13.443, que dispõe sobre a validade dos créditos de recarga de bilhete eletrônico, assinado pelo prefeito Tião Bocalom.
Alguns usuários reclamam que, em razão do tempo, não conseguiram utilizar os créditos que tinham nos cartões. Contudo, esses valores desapareceram, isso porque a prefeitura zerou os saldos, alegando que as passagens adquiridas e creditadas no cartão deveriam ter sido utilizadas no mês de aquisição. O chefe do órgão, Benício Dias, disse que o sistema de transporte coletivo não é uma poupança, e que quem se sentir lesado, por de procurar por seus direitos.
"O sistema de vale transporte não é uma poupança, portanto não existe uma aplicação. O que eu repito é que as pessoas adquirem o vale transporte no início do mês para se locomover durante o mês [...] as pessoas que se sentirem lesadas tem que procurar os meios próprios. Nós temos a procuradoria-geral do município e a própria Rbtrans. Se manifeste, vamos analisar os casos, nada é impossível.
Dias alega, ainda, que, “olhando tecnicamente, é praticamente impossível que alguém tenha investido dinheiro em vale-transporte que não tem nenhum rendimento pra ele", e complementou: "se ele [usuário] está com esse vale-transporte acumulado de 180 dias que era para usar em 30, tem alguma coisa errada, tem que fazer uma reconfiguração da vida dele”, frisou o gestor municipal.
O superintendente também foi questionado sobre se haveria possibilidade de ressarcimento deste valor. Contudo, disse que por se tratar de um dinheiro virtual acumulado durante 20 anos, não tem como tirar do caixa. Ou seja, ele não existe. A entrevista foi dada à TV Acre. "Nós seríamos desonestos com essa empresa nova que está assumindo um sistema e uma dívida que outra empresa deixou”, finalizou.