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Rebanho bovino chegou a 4,635 milhões de cabeças em 2022 no Acre, diz IBGE

Rebanho bovino chegou a 4,635 milhões de cabeças em 2022 no Acre, diz IBGE

A Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM) 2022, divulgada hoje pelo IBGE, apresenta os resultados do efetivo de rebanhos, produção de origem animal e aquicultura em nível municipal. 

Rebanho  

Em 2022, os maiores rebanhos do Acre foram: bovino (4.635.381 cabeças), Galináceo (2.572.384 cabeças) e suíno (157.390 cabeças). 

O rebanho bovino do Acre cresceu pelo quinto ano consecutivo, atingindo 4.635.381 cabeças em 2022. O efetivo cresceu 14,5% em relação a 2021, desempenho acima do patamar observado nos últimos 4 anos, que flutuou abaixo de 8,4%. O crescimento do rebanho ainda é resultado do processo de retenção de fêmeas para reprodução, incentivado pelos bons preços pagos pelo bezerro, e que chega ao fim com a desvalorização da carne bovina. De forma complementar, os dados da Pesquisa Trimestral de Abate do IBGE (realizada junto a estabelecimentos devidamente inspecionados) apontam neste sentido, quando apresentam a variação do abate de bovinos - em relação aos respectivos anos anteriores - em 2019 (-2%), 2020 (-11%), 2021 (-12%) e 2022 (+3,5%). 

A Regional do Baixo Acre participa com 54% do rebanho bovino com total de 2.519,796 cabeças, Alto Acre (20%, 925.892 cabeças), Purus (13%, 601.397 cabeças), Tarauacá/Envira (10%, 543.289 cabeças) e Juruá (3%, 135.007 cabeças). Importante destacar o relevante crescimento do rebanho, em relação a 2021, em algumas regionais: Juruá, crescimento de 32%; Tarauacá/Envira, 29% e Purus, 27%. Em 2022, os 5 maiores rebanho bovino municipal estão em Rio Branco (619.879), Sena Madureira (486.021), Senador Guiomard (392.960), Porto Acre (367.660) e Brasiléia (352.222), somando 48% do rebanho estadual. 

O segundo maior rebanho é de Galináceos com 2,572 milhões de cabeças, registrando queda de 1,75% em relação a 2021, totalizando o segundo ano de queda do efetivo. Em 2022, por um lado, os custos de produção estavam em patamar elevado, impactando na readequação do plantel tanto para avicultura de corte quanto avicultura de postura e, por outro, a demanda por frango e ovos de galinha permaneceu aquecida se beneficiando do elevado preço da carne bovina.  

Por regional, esse efetivo de distribui da seguinte forma: Baixo Acre (36%, 924.764), Alto Acre (29% 750.882 cabeças), Juruá (15%, 374,688 cabeças), Tarauacá/Envira (14%, 362.300 cabeças) e Purus (6%, 159.750 cabeças). Os 5 maiores municípios em efetivo são: Brasiléia, 377.315 cabeças (presença da avicultura de corte); Senador Guiomard, 305.368 cabeças (presença da avicultura de postura); Rio Branco, 244.260 cabeças (presença da avicultura de postura); Epitaciolândia 235.248 (presença da avicultura de corte), sendo que Rio Branco apresentou aumento percentual de 9,5%, em relação a 2021, sendo o maior crescimento. 

E o terceiro rebanho mais representativo é de Suínos com 157.390 cabeças com crescimento de 4,9%, apesar dos custos mais elevados o rebanho cresceu se beneficiando dos preços mais elevados da carne bovina. 

Por regional, esse efetivo de distribui da seguinte forma: Tarauacá/Envira (32%, 50.290 cabeças), Alto Acre (30%, 47,736 cabeças), Baixo Acre (21%, 32.813 cabeças), Purus (9%, 14.540 cabeças) e Juruá (8%, 12.011 cabeças). Os principais municípios em efetivo são: Com predominância da pequena produção familiar destinada ao autoconsumo e venda do excedente) - Feijó com 30.500 cabeças e Tarauacá com 18.100 cabeças. Com predominância da produção integrada à indústria - Brasiléia com 18.481 cabeças e Epitaciolândia com 16.849 cabeças. Os 4 municípios totalizam 53% do efetivo do Acre. 

Produtos de Origem Animal 

O valor da produção dos produtos de origem animal, incluso Leite, Ovos de Galinha, Ovos de Codorna e Mel de Abelha totalizaram R$ 105,7 milhões, que representa um crescimento de 16,7% do valor da produção. Leite e Ovos de Galinha responderam por aproximadamente 99,5% do valor de produção gerado.   

O preço mais elevado do leite foi o responsável pelo crescimento do valor de produção, variando de R$ 1,47/litro ao produtor para R$ 1,73/litro em 2022 e a produção fechou em 35,1 milhões de litros de leite, recuo de 7,7% frente a 2021. O aumento de preço impacta o volume produzido com limitações dentro do mesmo ciclo produtivo anual. Os principais produtores são Acrelândia (11,1% da produção), Senador Guiomard (10,4%), Plácido de Castro (10,4%) e Epitaciolândia (8,9%), sendo que o Baixo Acre concentra 54% da produção, Alto Acre (22%), Tarauacá/Envira (14%), Purus (7%) e Juruá (3%).  

A produção de ovos galinha no Acre foi aproximadamente em 7,8 milhões de dúzias, crescimento de 18,2%. Destaque para Senador Guiomard que foi responsável pela maior parte deste acréscimo contribuindo sozinho em 1,015 milhão de dúzias. Assim, em 2022 
Senador Guiomard responde por 64% desta produção com 5,02 milhões de dúzias, Cruzeiro do Sul (8,7%, 685 mil dúzias) e Rio Branco (6,8%, 534 mil dúzias).  

Aquicultura 

A despesa do peixe criado em cativeiro (piscicultura) totalizou em 2022 cerca de 2,57 mil toneladas, isto representa uma queda de 13% em relação a 2021. A despesa cai desde 2017 e é intensificada pelos aumentos dos custos de produção e da concorrência com a produção de outros estados.  

Tambaqui é a principal espécie, respondendo por 40% da despesca, seguida da Pirapitinga (15%), Curimatã e Curimbatá (13%), dentre outras espécies.  Aproximadamente 38,9% da despesca ocorreu nos municípios de Rio Branco (18%, 378.542 kg), Brasiléia (12%, 360.000 kg) e Cruzeiro do Sul (8%, 249.400). Por regional, a despesca se distribui da seguinte forma: Baixo Acre (35%), Juruá (31%), Alto Acre (19%, Tarauacá/Envira (12%) e Purus (3%).