Entre os meses de junho e julho deste ano, Rio Branco registrou 480 focos de queimadas, segundo dados da Defesa Civil divulgados na terça-feira, 1º de agosto. Comparado ao mesmo período de 2022, houve uma redução significativa; foram atendidas 700 ocorrências pelo Corpo de Bombeiros.
Apesar da diminuição, o tenente-coronel Cláudio Falcão, coordenador da Defesa Civil de Rio Branco, enfatizou a importância de manter esse controle nos meses de agosto e setembro, que são considerados os mais críticos para as queimadas.
"A combinação de aumento de temperatura, baixa umidade do ar, velocidade dos ventos e ação humana de queimar resíduos podem levar a grandes incêndios, causando sérios prejuízos para a saúde das pessoas, a fauna, a flora e até mesmo a vida humana", ressalta Falcão.
A situação das queimadas no Acre é tão preocupante que em julho o governo do estado declarou situação de emergência ambiental em dez cidades, incluindo A Capital.
O decreto, assinado pelo governador Gladson Cameli, é válido de julho a dezembro de 2023 e foi embasado nos dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), que apontaram um aumento de 127% no desmatamento no Acre entre os anos de 2018 e 2021, em comparação com o período anterior.
Com o objetivo de prevenir e combater as queimadas, a Secretaria do Meio Ambiente e das Políticas Indígenas (Semapi) e o Instituto de Meio Ambiente do Acre (Imac) lançaram a campanha "Respire Vida: Combata as Queimadas e o Desmatamento" no último domingo, 30. A iniciativa conta com a participação de diversos órgãos, secretarias e instituições, como o Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Acre, Ministério Público Estadual, Defesa Civil Estadual, Batalhão de Policiamento Ambiental, entre outros.
A campanha visa conscientizar a população sobre os riscos das queimadas e o desmatamento ilegal, e incentivar a adoção de práticas sustentáveis e responsáveis para a preservação do meio ambiente.