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Rios do Acre começam a encher, mas grandes alagamentos estão descartados, diz Friale

Rios do Acre começam a encher, mas grandes alagamentos estão descartados, diz Friale

As intensas chuvas dos primeiros dias de dezembro têm provocado rápida e acentuada elevação do nível de todos os rios do Acre. Em Tarauacá, o rio de mesmo nome passou da cota de alerta que é 8,5m, mas já está baixando. Em Cruzeiro do Sul, o rio Juruá já está a 80 centímetros da cota de alerta, que é 11,8m, tendo passado, nas últimas 24 horas, de 10,2m para 11,0m. O rio Acre, em Rio Branco, tem subido rapidamente, sendo que, nesta quinta-feira, já estava acima de 7,5m, podendo passar de 9m até o próximo domingo, mas não oferece perigo de transbordamento, pelo menos, por enquanto.

Apesar das chuvas, o pesquisador meteorológico Davi Friale não acredita em grandes enchentes dos rios do Acre em 2022

“Nosso estudo baseia-se na análise da tendência da temperatura superficial das águas do oceano Atlântico Norte, origem das chuvas na Amazônia Ocidental, principalmente no Acre. Atualmente, sua temperatura está cerca de 1ºC.

É impossível prever, com precisão, se as águas dos oceanos vão aquecer ou resfriar além dos próximos 60 dias, pois é um fenômeno com origens ainda desconhecidas no meio científico. No entanto, segundo nossos estudos, tudo indica que, a partir do próximo mês de dezembro, a temperatura começará a cair no Atlântico Norte. Portanto, qualquer divulgação alarmante por parte de algum órgão ou instituto sugere falta de conhecimento adequado da dinâmica da atmosfera e do ciclo das chuvas no Acre e nas áreas próximas. Assim, conforme nossas análises atuais, a diminuição da temperatura do oceano Atlântico fará com que a evaporação de suas águas também diminua e, consequentemente, as chuvas deverão ficar dentro ou abaixo da média no próximo verão do Acre e das áreas vizinhas. Portanto, afirmar que Rio Branco terá ou não uma inundação alarmante, seria, no mínimo, uma irresponsabilidade da nossa parte”, afirma.