O Acre é um dos dez estados brasileiros com probabilidade de crescimento de casos de síndrome respiratória aguda grave (Srag). O último boletim InfoGripe, emitido pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), revela uma tendência do crescimento dessas notificações em 75% a longo prazo, conforme a análise de dados das últimas seis semanas.
Diante disso, a Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre), por meio do Departamento de Vigilância em Saúde e da Rede de Urgência e Emergência (RUE), encontra-se alerta para um possível aumento de casos e recomenda a adoção de medidas sanitárias para evitar o contágio por vírus que provocam a Srag.
“O Estado continua em emergência para os casos de covid-19, o vírus da influenza e o vírus sincicial respiratório, o que chamamos de tríade viral, que potencialmente podem evoluir para uma síndrome respiratória aguda grave. As principais medidas de prevenção contra essas doenças são o uso de máscara, álcool nas mãos, para que a gente quebre a cadeia de transmissão do vírus, buscar não permanecer em locais com aglomeração de pessoas e a vacina, principal aliada no combate aos vírus da covid e da influenza”, orienta o enfermeiro da RUE, Edvan Meneses.
Fonte: Mapa retitado do boletim InfoGripe da Fiocruz, disponível no endereço: http://info.gripe.fiocruz.br/
Srag no Acre – 2021/2022
Apesar da estimativa de crescimento, dados do Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep – Gripe), do Ministério da Saúde (MS), revelam uma diminuição de 68% das notificações de casos de Srag no Acre, entre janeiro e março de 2022, em comparação com os números para o mesmo período de 2021.
No entanto, de acordo com Anub Martins, do Monitoramento dos Vírus Respiratórios da Sesacre, os dados evidenciam uma tendência do aumento dos casos de síndromes respiratórias no primeiro semestre do ano.
“Vale salientar que, para a população em geral, as doenças respiratórias possuem fatores que influenciam a sua manifestação. É o caso das doenças respiratórias alérgicas, virais e por outros agentes causadores. Este período é considerado sazonal para a manifestação de doenças respiratórias, conforme os registros de notificações, consideramos os números dentro do esperado para a sazonalidade”, informa.