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Saúde estadual realiza roda de conversa sobre câncer do colo do útero e colorretal

Saúde estadual realiza roda de conversa sobre câncer do colo do útero e colorretal

A Secretaria Estadual de Saúde, por meio do Núcleo de Prevenção de Doenças Crônicas, Núcleo de Saúde da Mulher e do Departamento de Atenção Primária em Saúde, realiza uma roda de conversa online nesta terça-feira, 29, para discorrer sobre o câncer de colo do útero e colorretal, em alusão às campanhas Março Lilás e Março Azul.

A atividade conta com os seguintes parceiros: Telessaúde, Secretaria Municipal de Rio Branco, Centro Universitário Uninorte, Universidade Federal do Acre (Ufac), Centro de Controle Oncológico (Cecon) e Unidade de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (Unacon).

Para participar da roda de conversa, é só acessar o link via plataforma do Telessaúde no Youtube. Aldaysa Sampaio, chefe do Núcleo de Prevenção de Doenças Crônicas, explica que essa é mais uma maneira de conscientização da população.

“A ideia é facilitar o acesso aos serviços de saúde, orientar e estimular quanto aos cuidados e exame precoce para que as mulheres conheçam as principais formas de contágio e estejam atentas para sinais e sintomas desse tipo de câncer, que é o terceiro mais frequente entre a população feminina e causa de morte de mulheres no Brasil”, especificou Aldaysa Sampaio.

E, pensando na conscientização do câncer colorretal, a Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva (Sobed) lançou o Março Azul, que é a campanha nacional de conscientização sobre o Câncer Colorretal (CCR).

“Trata-se de uma mobilização nacional com foco no incentivo ao diagnóstico precoce, com objetivo de levar à população orientações sobre a importância de procurar os serviços de saúde regularmente para fazer exames preventivos”, explicou Aldaysa Sampaio.

Março Lilás
Também chamado de câncer cervical, o câncer do colo do útero é causado pela infecção persistente por alguns tipos do Papilomavírus Humano – HPV, os chamados de oncogênicos. A infecção genital por esses vírus é muito frequente e na maioria das vezes não causa doença. São sexualmente transmissíveis e podem causar lesões na vagina, colo do útero, pênis e ânus.

Em alguns casos, ocorrem alterações celulares que podem evoluir para o câncer. Essas alterações são descobertas facilmente no exame preventivo – conhecido também como Papanicolau – e são curáveis na maioria dos casos. Por isso, é importante a realização periódica do exame preventivo.

O câncer do colo do útero é uma doença de desenvolvimento lento, que pode não apresentar sintomas na fase inicial. Nos casos mais avançados, pode evoluir para sangramento vaginal intermitente ou após a relação sexual, secreção vaginal anormal e dor abdominal associada a queixas urinárias ou intestinais.

Prevenção
A principal forma de prevenção é a vacina contra o HPV, disponível para meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos, em todas as unidades de Saúde da Família, podendo prevenir 70% dos cânceres de colo do útero e 90% das verrugas genitais.

Outra forma de evitar a doença é diminuir o risco de contágio pelo HPV, que ocorre por via sexual, com o uso de preservativos durante a relação. Além disso, o exame preventivo deve ser feito periodicamente por todas as mulheres após o início da vida sexual, pois é capaz de detectar alterações pré-cancerígenas precoces que, se tratadas, são curadas na quase totalidade dos casos, não evoluindo para o câncer.

Março Azul
O mês de março é conhecido também pela cor azul-marinho, em conscientização ao câncer colorretal, o terceiro tipo mais comum no Brasil, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), que estima o surgimento de 41 mil novos casos por ano no país. O câncer colorretal origina-se no intestino grosso, também chamado de cólon, e no reto, região final do trato digestivo e anterior ao ânus.

O câncer de intestino abrange os tumores que se iniciam na parte do intestino grosso chamada cólon e no reto (final do intestino, imediatamente antes do ânus) e ânus. Também é conhecido como câncer de cólon e reto ou colorretal.

É tratável e, na maioria dos casos, curável, ao ser detectado precocemente, quando ainda não se espalhou para outros órgãos. Grande parte desses tumores se inicia a partir de pólipos, lesões benignas que podem crescer na parede interna do intestino grosso.