A Polícia Civil do Acre deflagrou na manhã desta sexta-feira (26) a operação Fake Bois que investiga a inserção de informações falsas no sistema de informática do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Acre (Idaf). Foram cumpridos um mandado de prisão contra um servidor afastado e outro de busca e apreensão de mídias digitais para aprofundar as investigações.
Segundo o delegado Pedro Resende, a ação criminosa beneficiava pelo menos 30 pecuaristas que estariam esquentando Guia de Trânsito Animal (GTA) e promovendo a entrada de gado roubado, gado de outros estados e da Bolívia sem procedência sanitária identificada pelos órgãos responsáveis pela fiscalização da atividade pecuária no Estado do Acre.
A denúncia foi apresentada pelos gestores do Idaf que realizaram um levantamento e detectaram no início da atual administração estadual uma série de irregularidades cometidas no órgão. “As ações estariam ocorrendo há muitos anos”, destaca um dos gestores do Idaf, que destaca ainda que foram obrigados a fazer backups diários do sistema porque dados estavam sendo deletados.
Uma sindicância foi realizada no Idaf e o servidor responsável pelo setor de informática foi afastado. Logo após a denúncia foi encaminha à Polícia Civil. Os responsáveis pelo órgão detectaram inserções de dados falsos e movimentações suspeitas que foram repassadas ao delegado responsável pela investigação resultando na prisão do servidor que mesmo afastado continuava com as práticas criminosas.
Pelo menos 130 inserções falsas foram inseridas no sistema do Idaf entre os anos de 2018, 2019, 2020 e 2021. “Estas informações serviam para esquentar GTA de gado roubado e trazer gado de outros estados e até da Bolívia. Foi preso o responsável pela parte de TI que mesmo depois de ter saído tinha cesso ao sistema e conseguiu apagar informações”, destaca Pedro Rezende.