O Sindicato dos Trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios Telégrafos do Acre (Sintect-AC) busca na Justiça do Trabalho a retomada do direito de intervalos para os carteiros que realizam as entregas de encomendas. O motivo é a busca pela preservação da saúde do trabalhador que, atualmente, é obrigado a realizar o transporte de objetos de forma continuada, sofrendo com insolação.
Para a presidente da entidade, Suzy Cristiny, é desumano manter o trabalhador debaixo do sol e do calor do verão amazônico. A exposição em excesso pode resultar em acidentes, além de causar danos à saúde que podem deixar sequelas. Os problemas climáticos tem sido um problema mundial,dificultando a vida das pessoas.
Com o objetivo de apurar a situação, peritos já avaliaram a situação degradante vivida pelos carteiros. O laudo do especialista deve fazer parte do processo e a expectativa é do reconhecimento do direito.
“Antes pelas normas regulamentadoras, os carteiros deveriam ter o intervalo de 15 minutos a cada hora de trabalho para ter a oportunidade de hidratação e para evitar a exposição ao sol de forma continuada. Hoje, os trabalhadores sofrem com uma cobrança ainda maior por metas e a retirada do benefício,precarizando ainda mais a atividade do entregador que ainda sofre com a violência”, detalhou Suzy Cristiny.
Segundo a legislação, todo trabalhador que atua em atividade com longa exposição ao sol precisa de uma pausa para evitar a insolação. O tempo de intervalo varia de acordo com o grau de exposição.
Insolação
Segundo o Ministério da Saúde, os primeiros sinais de insolação são: dores de cabeça; tontura; náusea; pele quente e seca; pulso rápido; temperatura elevada; distúrbios visuais; confusão mental. Em casos mais graves, em que a permanência é continuada, a pessoa pode sofrer com a situação de respiração rápida e difícil; palidez (às vezes desmaio); convulsão; temperatura do corpo muito elevada; extremidades arroxeadas; fraqueza muscular; chegando até ao coma; e morte.