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SOS Amazônia realiza plantio de árvores para recuperação da nascente do Rio Iquiri

SOS Amazônia realiza plantio de árvores para recuperação da nascente do Rio Iquiri

Para celebrar o Mês da Terra, a SOS Amazônia, em parceria com a One Tree Planted, realiza no dia12 de abril ação coletiva para o plantio de 500 árvores, que serão destinadas à recuperação da nascente do Rio Iquiri, localizada na Vila Hortigranjeira, no município de Capixaba. As mudas de espécies nativas da Amazônia serão doadas pelo Viveiro da Floresta (governo do Acre) e incluem espécie florestais (jatobá, cumaru, andiroba), frutíferas (ingá, urucum, café) e de palmeiras (açaí, buriti).

A proposta é criar quintais florestais, com incentivo à segurança alimentar de 20 famílias envolvidas no processo de restauração. O plantio consorciado de espécies florestais, frutíferas, palmeiras e cultivos agrícolas diversifica a oferta de alimentos na comunidade e o excedente do que for produzido com a agrofloresta poderá ser comercializado pelos produtores, complementando a renda familiar.

A implantação de agrofloresta proporcionará ainda diversos benefícios ecológicos, dentre os quais é possível destacar a recomposição da cobertura vegetal do solo, recuperação da nascente e proteção das águas, oferta de alimentos e habitat para a fauna silvestre. Além disso, um ambiente reflorestado torna-se mais agradável para o convívio das pessoas, promovendo bem-estar e contato com a natureza.

A atividade é aberta para participação de voluntários e os interessados devem preencher o Formulário de Inscrição. Cerca de 46 pessoas, entre colaboradores da SOS Amazônia e parceiros comunitários, já se inscreveram.

Oficinas de conscientização ambiental
Além da ação coletiva de plantio de árvores, a SOS Amazônia realizará nos dias 10 e 11 de abril oficinas de conscientização ambiental com cerca de 60 anos do 1º ao 5º do ensino fundamental da rede municipal de Capixaba. O conteúdo didático e as dinâmicas de sensibilização ambiental foram elaborados pela educadora popular Paloma Ramos e pelo biólogo Mateus Brito, integrante do Observatório Socioambiental do Acre.

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Durante as oficinas, realizadas na Escola Marieta Freire Rodrigues, os alunos poderão visualizar em mapas o processo de degradação da Vila Hortigranjeira, compreender os impactos das mudanças climáticas e os benefícios de recuperar áreas degradadas com a implantação de agrofloresta. “Nossas oficinas trazem visões paralelas, no sentindo de pensar educação, cultura, arte e novas percepções de mundo”, conta Paloma Ramos.

A proposta é conciliar conteúdo teórico e prático, buscando apresentar o contexto de criação da SOS Amazônia, as principais ameaças à floresta, os impactos do agronegócio sobre o solo e água, e a importância de atividades de plantio de árvores para mitigação dos efeitos das mudanças climáticas. Nossa ação vai de encontro aos objetivos da Década de Restauração da ONU, movimento global para proteção e recuperação dos ecossistemas do planeta.

Vila Hortigranjeira
A Vila Hortigranjeira surgiu a partir de um projeto do governo do Acre para instalar na região um grande polo produtor de legumes, hortaliças e pequenos animais, principalmente, galinhas. “Aqui na cabeceira do Iquiri, usavam a água do igarapé para irrigar a plantação, mas a horta não foi pra frente e por isso ficou tudo desmatado. Essa atividade de recuperação vem pra corrigir um pouco as ações do homem no passado”, comenta o morador Claudemir de Oliveira.

Diante dos impactos provocados pela ocupação da vila, Adair Duarte, coordenador de Restauração Florestal da SOS Amazônia, comenta que a recuperação da nascente do Iquiri é estratégica para a população local e para toda a bacia hidrográfica do Rio Acre.

“A Vila Hortigranjeiro, assim como em toda a margem da BR-317, sofre degradação com atividades de agronegócio, adubação química do solo, mecanização da agricultura e monocultivo de soja e milho. Essa nascente está num território ocupado por muitas famílias e projetos de assentamento, que têm necessidade de água com qualidade para suas atividades. Essa restauração propicia esse benefício ambiental”, diz Adair.