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STF autoriza apreensão de CNH e passaporte de inadimplentes em casos específicos

STF autoriza apreensão de CNH e passaporte de inadimplentes em casos específicos

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu por 10 votos a 1, que a apreensão do passaporte e da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) de devedores inadimplentes é constitucional, desde que ocorra em casos específicos, devidamente justificados e com autorização judicial.

Segundo o Judiciário, medida, que não será aplicada de forma automática ou generalizada, passa a ser mais um instrumento coercitivo à disposição do Judiciário para estimular a negociação de dívidas.

O julgamento feito na quarta-feira, 24, analisou a compatibilidade da medida com direitos fundamentais como o direito de ir e vir e o exercício da profissão. O relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, destacou que a aplicação precisa ser individualizada, levando em conta a realidade de cada devedor, a relevância da dívida e o possível impacto da restrição.

A Corte considerou legítimas a suspensão do direito de dirigir e a restrição de viagens internacionais como formas legais de pressão para a quitação de dívidas. No entanto, a decisão estabelece uma série de critérios para evitar abusos.

O que pode:

- Apreensão da CNH ou passaporte em casos específicos de inadimplência civil.

- Medida deve ser solicitada pelo credor em processo judicial.

- Autorização judicial obrigatória após análise do caso concreto.

- Aplicação como medida coercitiva para forçar a negociação da dívida.

- Exceções previstas para preservar o exercício da profissão do devedor.

O que não pode:

- Aplicação automática para todos os inadimplentes.

- Apreensão para quem depende da CNH para trabalhar, como motoristas profissionais.

- Medida em dívidas de valor irrisório.

- Restrições que comprometam o direito de ir e vir sem justificativa legal.

- Aplicação em dívidas tributárias ou trabalhistas, que seguem outras regras.

A medida vale exclusivamente para dívidas civis, como cheques sem fundo, contratos particulares e prestações não pagas, e exclui débitos trabalhistas e fiscais, que possuem formas específicas de cobrança. Atualmente, cerca de 70 milhões de brasileiros estão inadimplentes, segundo dados dos órgãos de proteção ao crédito.