A situação das famílias expulsas da localidade Terra Prometida está longe de um desfecho favorável aos desabrigados.
Acampados na entrada da Aleac desde o último domingo, 27, um grupo de famílias buscam apoio dos parlamentares para uma solução emergencial.
Na manhã de terça-feira, após a sessão Legislativa, um grupo de acampados se reuniu com os deputados Eduardo Ribeiro (PSD), Tanízio de Sá (MDB), Arlenilson Cunha (PL) e Edvaldo Magalhães (PCdoB) para implorar ajuda. Aos deputados, os acampados relataram o drama vivido por centenas de famílias há mais de um ano.
Entre os relatos, segundo os desabrigados, houveram ameaças, intimidação, pressão psicológica até o temido dia da reintegração de posse, onde centenas de policiais de todas as forças promoveram cenas de truculência e desrespeito aos direitos humanos.
De acordo com o morador Osório Carneiro de Almeida, um dos fatores que levou o governo a pedir a reintegração de posse do Terra Prometida, foi a pressão exercida pela comunidade daimista localizada no Irineu Serra, vizinha à área de invasão.
"Teve muita pressão do pessoal do daime. Foi uma pressão grande. Foram várias vezes lá tirar foto do local e por muitas ocasiões falavam que não queria favelado por lá. Desde que teve o projeto do Anel Viário que tem essa briga. Eles querem a área de invasão para fazer um desvio da estrada pra tirar o trânsito de frente ao daime deles, porque com o fluxo de zoada eles não tem como se 'lombrar' com o chá deles", disse o desabrigado.
Os parlamentares afirmaram ao grupo que estarão buscando uma solução para toda a situação. Enquanto não há uma definição do que será feito por parte do poder público, os ocupantes afirmaram que permanecerão no hall de entrada da Aleac.