O médico infectologista Thor Dantas, referência durante a pandemia de covid-19 no combate ao vírus, defendeu por meio de um texto no Facebook a aplicação da terceira dose da vacina anticovid.
Segundo ele, do ponto de vista científico, faz todo sentido considerar a terceira dose em idosos, pacientes portadores de imunodeficiências e talvez profissionais de saúde vacinados há mais de um ano.
"Portadores de imunodeficiência, assim como idosos que são portadores da, assim chamada, imunossenescência (fenômeno natural de envelhecimento do sistema imune), respondem menos à vacinas como regra geral. Todas as vacinas tem menor eficácia nessas populações. Essas são também, ao mesmo tempo, populações de maior risco para gravidade por COVID."
Vale lembrar que o Ministério da Saúde, em parceria com a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), deve iniciar, na segunda-feira (16), um estudo inédito para avaliar a necessidade de uma terceira dose de vacinas para Covid-19 para quem tomou duas doses da CoronaVac.
Os pesquisadores vão estudar os 4 imunizantes aplicados no Brasil: AstraZeneca, Pfizer, CoronaVac e Janssen.
Alguns voluntários vão receber uma dose adicional de uma vacina diferente daquela que ele já tomou antes. Outros vão receber uma terceira dose da CoronaVac. O objetivo é descobrir qual a proteção quando se cruza os imunizantes ou se mantém o mesmo na terceira dose.
Os 1.200 voluntários vão ser divididos em 4 grupos e, cada grupo, recebe uma dose de reforço de uma única vacina.