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Trans Acreana pode demitir 60% dos funcionários se perder linha exclusiva

Trans Acreana pode demitir 60% dos funcionários se perder linha exclusiva

Uma decisão da 2ª Vara da Fazenda Pública de Rio Branco determinando a abertura da linha de ônibus entre a capital e Cruzeiro do Sul pode levar a empresa de ônibus Tans Acreana a demitir mais da metade de seus funcionários. A informação foi prestada pelo diretor-presidente da empresa, Fernando Lourenço, na última terça -feira, 12. De acordo com Fernando, a empresa é responsável atualmente por 110 empregos diretos e conta com uma frota de 50 ônibus. Ele revela que a decisão judicial atende a uma empresa de Goiânia interessada apenas na linha mais rentável que liga Rio Branco a Cruzeiro do Sul, deixando de fora trajetos deficitários como Rio Branco a Senador Guiomar, Bujari, Caquetá e Porto Acre.


Fernando informou que já procurou a Agência Reguladora dos Serviços do Estado do Acre (Ageac ) e expôs o problema, deixando claro que para a empresa explorar a linha para Cruzeiro do Sul ela também deve ser obrigada a participar das linhas deficitárias. “Nós assumimos estas linhas a pedido da RBTrans em 2012 quando a Ageac ainda nem era responsável pelo transporte. Ageac passou a fazer o cadastro das empresas existentes em 2013 , em 2016 assinamos um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o Ministério Público (MP) Agência Reguladora dos Serviços Públicos do Estado do Acre (ageac).


Ficamos com exclusividade porque as outras empresas foram desistindo. Hoje as linhas rentáveis fazem o equilíbrio das contas”, argumenta Fernando.


De acordo com ele, a Trans Acreana tem um investimento no Estado superior a 20 milhões de reais, com financiamento do Banco da Amazônia. Banco Mercedes benz, Branco Volvo e Banco Moneo “Somos a única empresa aqui do Estado do Acre que conseguiu crédito no Banco do Amazônia. As outras não conseguiram crédito. O Banco da Amazônia tem sido muito parceiro”, observou Lourenço.


“Então você está no negócio, com todas as dificuldades, acreditando que amanhã alguém vai melhorar essa estrada e, no momento que a coisa pode melhorar, você está sendo descartado”, queixa-se.


Fernando relata que desde 2010 nunca viu uma empresa rodoviária trazer um ônibus zero quilometro para operar nas estradas do Acre. “Quando nós chegamos com esses ônibus novos, nós tiramos o pára-choque deles porque senão ele ia chegar lá sem pára-choques. Nós tivemos que adaptar os veículos, reforçar as molas, suspender os carros, tirando eles da originalidade para poderem trafegar no inverno. E em dezembro, voltamos a operar com os ônibus dublo Deck para atender o aumento da demanda colocamos carros que recebemos da fábrica em novembro no valor de 2 milhões de Reais linha de cruzeiro Sul que a BR parece mais um varador do que uma BR , e Assis Brasil comenta. “É uma injustiça o que estão fazendo”, conclui ele.