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Um mês de greve: funcionários dos Correios no Acre entregam cestas básicas para entidades

Um mês de greve: funcionários dos Correios no Acre entregam cestas básicas para entidades

Após completar um mês de greve, iniciada no mês de agosto, os funcionários dos Correios no Acre realizaram na sexta-feira, 18, a entrega de cestas básicas para entidades filantrópicas em Rio Branco. O objetivo é auxiliar as instituições beneficiadas a manter as atividades desenvolvidas durante a pandemia do novo coronavírus, que impõe dificuldades. Ao todo, foram 10 unidades destinadas ao Educandário Santa Margaria, Casa Esperança e a Casa de Apoio ao Seringueiro.


Os alimentos foram arrecadados durante a campanha de arrecadação realizada pelos trabalhadores entre os dias 9 e 11 na sede da estatal. Além da capital, o movimento grevista também é realizado em Cruzeiro de Cruzeiro do Sul, Brasileia, Senador Guiomard, Sena Madureira e Assis Brasil. Os empregados lutam pela não privatização da empresa, que está em plena execução pelo governo federal, e a manutenção de uma série de direitos históricos garantidos ao longo de vários anos.


“E como parte da nossa luta pela defesa dos trabalhadores e da empresa, que pertence à população brasileira, idealizamos esta ação social para ajudar entidades que desenvolvem um papel tão importante na sociedade rio-branquense. Mas isso não significa que o nosso movimento parou, continuaremos lutando com todas as forças para que não haja ainda mais retrocessos e retirada de direitos”, fala a presidente Sindicato dos Correios e Telégrafos do Acre (Sintec-AC), Suzy Cristiny.


A classe busca o retorno da validade do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), que possui 79 cláusulas. Entretanto, os Correios ingressaram no Supremo Tribunal Federal (STF) que julgou extinto os 70 direitos conquistados ao longo de décadas. Ela destaca ainda que a coleta de alimentos foi uma atividade muito importante desenvolvida por livre e espontânea vontade dos grevistas. “Eles entendem que isso faz parte da luta social e sindical em defesa de quem precisa”.


A categoria já realizou uma série de ações para cobrar a garantia dos direitos trabalhistas e melhorias nas condições de trabalho. Entre as atividades inseridas nas manifestações esteve a campanha de doação de sangue no Centro de Hematologia e Hemoterapia do Acre (Hemoacre) e a malhação de um Judas que representou o ministro Paulo Guedes, que comanda o plano de privatização dos Correios.