Uma denúncia vinda de Jordão feita pelo vereador João da Manguaba (MDB) foi apresentada na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) nesta quarta-feira (27). O parlamentar-mirim disse que o Depasa está cobrando faturas referentes a 2003 até 2015. A autarquia tem emitido cobrança aos moradores com valores estratosféricos de R$ 10 mil, R$ 12 mil até R$ 15 mil.
João da Manguaba iniciou um trabalho de coletar assinaturas. Na bagagem trazia para Rio Branco as mais de 500 assinaturas que compõem o abaixo-assinado. Para o parlamentar, a cobrança é indevida, isso porque água nas torneiras dos munícipes só veio cair 24 horas a partir de 2016, quando o então presidente do Depasa, Edvaldo Magalhães (PCdoB) em parceria com a Prefeitura de Jordão instalaram uma estação de tratamento de água.
“Antes de 2016, todo mundo puxava água do rio ou de cacimba. Ninguém tinha água, só o sistema lá em cima. Eu tinha encanação, mas em dois anos, caiu água três vezes. E agora a conta veio e tem pessoas lá com contas até de R$ 13 mil para pagar. Por isso eu criei um abaixo-assinado lá e trouxe aqui para a Aleac para tentar conseguir uma anistia. Isso é um assalto e uma afronta ao povo de Jordão”.
O deputado Edvaldo Magalhães (PCdoB) relatou o caso na tribuna da Aleac. Disse que vai procurar uma forma legislativa para anistiar esses débitos. Segundo ele, as pessoas não podem pagar por um produto que não houve consumo.
“Se a Energisa está infernizando a vida do consumidor, lá em Jordão quem está infernizando a vida do consumidor é o Depasa. Se você não tem uma medida legal para resolver essa conta, lá pelas tantas essas contas vão ser judicializadas. E esses consumidores que não tem como pagar, vão ficar inadimplentes, vão ficar negativados”, disse o deputado.