“Quem deveria ser expulsa do PSD era a prefeita Marilete”, dispara vereador Dólar
Com a frase: “Não sou coveiro para andar agarrado em alça de caixão”, o vereador Francisco Diógenes Leão Fernandes, popularmente conhecido como Dólar (PSD), anunciou o seu rompimento com a gestão da prefeita de Tarauacá, Marilete Vitorino, também do PSD, se tornando uma verdadeira pedra no sapato da gestora.
Dólar, que apesar de integrar o mesmo partido da prefeita, nos últimos dias tem usado as redes sociais para realizar ataques diretos contra a gestão de Marilete Vitorino abandonando inclusive a base de apoio do Executivo municipal na Câmara de Vereadores de Tarauacá, cidade distante mais de 400km da capital, Rio Branco. O rompimento foi expresso na tribuna do parlamento municipal e em vídeo que foi amplamente compartilhado nas redes sociais.
Após os inúmeros protestos de Dólar, a cúpula do PSD municipal o ameaçou de expulsão e de cassar seu mandato ao enquadra-lo por infidelidade partidária, casos os ataques continuem. Uma fonte ligada ao grupo de apoio a prefeita Marilete Vitorino, que também é a presidente da executiva municipal em Tarauacá, foi taxativa em afirmar que caso o parlamentar continue com os ataques será levado ao crivo do conselho político do partido.
“Esse rapaz está passando dos limites. O aviso foi dado, caso continue será pedido a sua expulsão do PSD”, afirmou a fonte.
Por meio do aplicativo de mensagens WhatsApp, a reportagem falou com vereador questionando-o sobre as ameaças de expulsão do partido e também o pedido de cassação do seu mandato por infidelidade partidária. Dólar disse que está tranquilo e que não teme ameaças, afirmando ainda que não vai ceder a ameaças e nem a chantagens e disparou: “Quem deveria ser expulsa era ela mesma (Marilete), já que nunca fez nada para ajudar o partido e nunca fez nada por Tarauacá”.
Só resta saber quem vai vencer essa guerra, se a Executiva municipal, que leva adiante as ameaças de expulsão e cassação de Dólar, ou o vereador, que continua com as duras críticas a prefeita e enfrenta a fúria dos sociais democratas.
Veja a resposta do vereador sobre o questionamento feito pela reportagem por meio do aplicativo de conversa WhatsApp:
“A gestão da prefeita Marilete é uma gestão morta, um deserto de ideias, uma gestão sem credibilidade, uma gestão que nunca respeitou e nunca irá respeitar o povo de Tarauacá, uma gestão que não valoriza seus profissionais, uma gestão que é uma verdadeira vergonha ao nosso município, por esses e outros motivos resolvi sair desse velório.
Em relação a minha expulsão do partido estou tranquilo, não tenho medo de ameaças, ainda mais quando se parte da própria prefeita Marilete, já que hoje ela é a presidente do PSD em Tarauacá, quem deveria ser expulsa do partido era ela mesma, já que nunca fez nada pra (sic.) ajudar o partido e também nunca fez nada por Tarauacá. Se pensam que vão me parar com esse tipo de ameaça estão enganados, não sou de ceder a nenhum tipo de ameaça e muito menos chantagens.
Fui eleito vereador com 309 votos, estou defendendo os direitos da população tarauacaense, se lutar pelo meu povo for infidelidade partidária serei infiel ao partido pra sempre. Fui eleito pra fiscalizar e cobrar do poder executivo melhorias pro nosso município, e é isso que estou fazendo, nada mais que o meu papel”.