Os mandados de busca e apreensão na sede do Instituto de Administração Penitenciária (Iapen), na avenida Getúlio Vargas, e no presídio estadual Francisco D'Oliveira Conde, em Rio Branco, nesta terça-feira (10), deflagrados pela Polícia Civil, sob o comando
dos delegados Pedro Rezende, da Delegacia de Combate à Corrupção, e Alcino Júnior, do Departamento de Inteligência da Polícia Civil, são parte de uma investigação que apura possíveis ilícitos nos contratos entre o órgão e as empresas que forneceram e fornecem os alimentos dos presos.
Durante coletiva, o diretor-geral de Polícia Civil, Josemar Portes, sem dar maiores detalhes, afirmou que a apuração está em sua fase inicial.
"Com colaboração da gestão do Iapen, sob direcionamento também do Poder Executivo, que tem interesse que todos os fatos sejam devidamente esclarecidos pra que não restem dúvidas acerca da lisura, da ilicitude, ou do eventual desvio por parte de algum servidor ou de algum particular. São ordens judiciais que também passaram pelo crivo do Ministério Público. É uma investigação que ainda está na fase inicial e para que não pairem dúvidas nós viemos aqui esclarecer que não há nenhuma culpabilidade comprovada. Existem alguns indícios que demandam uma investigação. Isso é da nossa natureza, isso é pra nós, rotina."
Ao lado do delegado, o diretor-presidente do Iapen, Arlenilson Cunha, disse que assim que soube da operação policial tratou de liberar na íntegra as documentações dos contratos físicos e digitalizados. Cunha acrescentou que apoia as investigações e que órgão está à disposição.
"O Iapen desde que soube pela manhã do mandado de busca e apreensão se colocou à disposição colaborando e fornecendo todas as informações solicitadas. Contratos físicos, bem como digitalizados. É interesse do Iapen colocar todos esses contratos a limpo. Alguns desses são com empressas que não tem mais contratos firmados."