A Justiça do Acre, por meio da Vara Criminal da Comarca de Feijó, tomou uma decisão crucial no caso envolvendo um psicólogo da rede municipal de Saúde. Nesta semana, foi decretada a prisão preventiva do profissional e autorizada a busca e apreensão em sua residência, bem como a perícia em seu aparelho telefônico. Ele enfrenta sérias acusações de estupro feitas por uma paciente.
A denúncia foi registrada no mês de agosto e, segundo os autos do processo, o psicólogo teria utilizado sua posição profissional para cometer o crime. A vítima teve a coragem de fazer a acusação publicamente durante uma oficina do projeto "Proteja Mulher", uma iniciativa do Observatório de Violência de Gênero e pelo Centro de Atendimento à Vítima (CAV) do Ministério Público, onde o psicólogo estava presente na plateia.
Durante a audiência que deliberou sobre a prisão preventiva, a juíza de Direito Ana Saboya, titular da unidade judiciária, ressaltou que, além da suposta violência sexual, existem indícios de violência institucional por omissão. Após a denúncia pública, não foram tomadas medidas administrativas para apurar os fatos, levantando questões sobre omissão institucional.
De acordo com a magistrada, a decisão de decretar a prisão preventiva foi fundamentada na periculosidade concreta do acusado e na potencialidade lesiva, principalmente pelo fato de ele atender na rede pública.