Ao deixar o posto da Polícia Militar de Boca do Acre (AM), na manhã desta sexta-feira (15), onde atuou como comandante, o capitão Bruno Almeida, apontado como líder de uma organização criminosa no sul do Amazonas, teve seu nome gritado por populares que o aguardavam na frente do prédio. Bruno também foi aplaudido enquanto se dirigia à viatura policial.
Após se entregar à polícia, o oficial foi transferido para a cidade de Humaitá, onde ficará à disposição da Justiça.
Bruno Almeida era considerado foragido desde a última quarta-feira (13), quando foi deflagrada a Operação Joeira, coordenada pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) do MPAM.
A ação ocorreu simultaneamente em Manaus e Boca do Acre e tinha como objetivo desarticular uma associação criminosa formada por policiais militares, um policial civil e outros indivíduos envolvidos em uma série de crimes na região.
Segundo o Ministério Público do Amazonas, a investigação revelou a suposta prática de crimes como associação criminosa, furto qualificado, falsidade ideológica, peculato e corrupção passiva, que teriam sido cometidos por agentes públicos usando de suas funções para obter vantagens ilícitas e desviar recursos públicos.
Policiais, entre eles o oficial, segundo as apurações, utilizavam estrutura pública para práticas criminosas, incluindo o recebimento de “rachadinhas”.
As provas colhidas até o momento reforçam a gravidade das acusações e o impacto das ações dos denunciados na ordem pública e na credibilidade das instituições de segurança, diz o portal oficial do MPAM.
Na operação foram apreendidos mais de R$ 30.000,00 e diversos bens de luxo em condomínio de alto padrão situado em Manaus, além da apreensão de material com características de substância entorpecente.