O principal suspeito do assassinato do professor e dançarino Reginaldo Silva Corrêa, conhecido como “Régis”, de 44 anos, Victor Oliveira da Silva, de 27 anos, monitorado por tornozeleira eletrônica, confessou o crime e apontou o local onde havia enterrado a vítima. O
corpo do educador foi localizado na quarta-feira, 1°, em uma cova rasa, no loteamento Saraiva, em Epitaciolândia,
após diligências da Polícia Civil com apoio do Corpo de Bombeiros.
Em vídeo gravado dentro da delegacia, logo após sua prisão, Victor falou sobre o caso e disse viver um “sufoco” emocional, afirmando não ter planejado tirar a vida de ninguém.
“Eu fui lá na Bolívia, não fui para fazer nada demais não. Não estou rindo disso, porque só eu e Deus sabemos o sufoco que estou passando no meu coração. Por dentro eu estou morto, eu nunca fui tirar a vida de ninguém. Nunca fui fazer isso. Se vocês soubessem o que estou passando, não estariam me julgando assim”, declarou o acusado, visivelmente abatido.
Victor relatou ainda que havia saído da prisão há três meses e que tentava “mudar de vida”. “Estou tentando mudar de vida, mas só sabem me julgar. Ninguém sabe o que passa no coração do cara”, acrescentou.
O crime
Reginaldo estava desaparecido desde a última quinta-feira, 25, quando saiu de casa para realizar uma entrega de roupas e sapatos. O desaparecimento foi registrado pela família no dia 29. Um dia depois, o carro da vítima foi localizado em um ramal na comunidade boliviana de Villa Rosário, em Cobija, abandonado com a chave na ignição.
As investigações avançaram rapidamente, e Victor foi preso na terça-feira, 30. Em depoimento, ele confessou o homicídio, praticado por asfixia mecânica, resultado de um golpe conhecido como “mata-leão”. O acusado também indicou o local onde enterrou o corpo.