A advogada e assistente de acusação no julgamento do Caso Jonhliane, Gicielle Rodrigues contestou duramente as declarações da defesa de Ícaro Pinto, sobretudo do advogado Souza Neto, que segundo a advogada, tentou desvirtuar os fatos e usou de ataques contra a imprensa para vitimizar seu cliente.
"Não foi a imprensa que organizou uma festa, não foi a imprensa que fez ingestão de bebida alcoólica, não foi a imprensa que fez um racha e que como consequência ceifou a vida de Jonhliane e depois disso pegou um avião e foi para a praia. Pelo que vi aqui, o nobre advogado, quer imputar à imprensa a responsabilidade dos fatos, claramente para ele a imprensa é que deveria estar sentado ao banco dos réus", disse Rodrigues.
Sobre o depoimento da namorada de Ícaro, Hatsue Said, a advogada classificou como repugnante.
"Foi repugnante o depoimento da Hatsue. Como existem pessoas feias a esse ponto de presenciar uma morte e afirmar que apenas queria descansar e uma noite tranquila", relembrou Gicielle Rodrigues.
A réplica da advogada causou protesto dos defensores de Ícaro Pinto e uma breve discussão teve início que logo recebeu a intervenção do juiz Alesson Braz.
Gicielle Rodrigues rebateu também a afirmação da defesa dos réus de que a acusação promoveu um show de horror.
"O show de horror foi feito pelos seus clientes, quando estes fizeram um racha e tiraram a vida da Jonhliane. Jonhliane Paiva era uma princesa, uma princesa que muito cedo teve que abdicar de sua coroa para trabalhar e dá uma vida melhor para a sua mãe. Jonhliane era uma guerreira e não uma herdeira como são esses rapazes aqui", declarou Rodrigues fazendo menção aos réus.
Antes da conclusão da réplica do Ministério Público, o juiz Alesson Braz suspendeu a sessão por 10 minutos.