..::data e hora::.. 00:00:00
gif banner de site 2565x200px

POLÍCIA

Advogado é alvo da PF, em operação que apura desvio de dinheiro eleitoral

Advogado é alvo da PF, em operação que apura desvio de dinheiro eleitoral

O advogado Robson Aguiar de Souza foi alvo nesta terça-feira, dia 30, da "Operação Citricultor", deflagrada pela Polícia Federal em Rio Branco e Rodrigues Alves. A operação investiga a possível prática de crimes eleitorais, incluindo o desvio de dinheiro do Fundão.

O escritório dele, que fica na Rua Silvestre Coelho, no bairro Ipase, foi visitado pelos agentes da polícia judiciária da União, como registrou o Notícias da Hora, por volta das 6h30min desta terça. A princípio, ninguém foi preso pela PF.

Entre os crimes praticados pelos investigados estão, segundo a Polícia Federal, o de associação criminosa, apropriação indébita, desvio de recursos eleitorais, fraude na prestação de contas (caixa dois eleitoral) e lavagem de dinheiro, além de coação no curso do processo.

As ordens judiciais da operação foram assinadas pelo juiz da 1ª Zona Eleitoral, Lois Arruda. As medidas de busca e apreensão e o único mandado de medidas cautelares diversas da prisão são se somam em 16. Há ainda ordens para que se ouça investigados e testemunhas.

ESQUEMA - Segundo a Polícia Federal explicou em nota nesta terça-feira, há indícios de que os valores foram aplicados de forma fictícia, apropriados indevidamente e desviados para outras finalidades. Uma possível candidata laranja teria recebido mais de R$120.000,00 do Fundo Eleitoral, mas recebeu apenas 358 votos.

A suspeita é que outras candidatas teriam recebido mais de R$ 13.000,00, tendo obtido aproximadamente 20 votos cada uma. Em alguns casos, verificou-se que uma das candidatas fez campanha eleitoral para outros candidatos e até para “adversários” de outra coligação, bem como que familiares e cabos eleitorais contratados fizeram propaganda para outros concorrentes.

Observou-se, ainda, o pagamento de locação de vários veículos, mas as despesas com combustíveis registradas nas prestações de contas indicam que os aluguéis foram fictícios, tendo em vista a incompatibilidade da quantidade e do tipo de combustível dos veículos alugados com aqueles efetivamente adquiridos.

O nome da operação faz referência ao “profissional” que produz frutas cítricas, característica da expressão “candidaturas-laranja”, que se popularizou para denominar as candidaturas fictícias utilizadas somente para desviar as verbas do fundo partidário.