Advogados que atuam na defesa do capitão Bruno Almeida, oficial da Polícia Militar em Boca do Acre (AM), que se entregou à Justiça na manhã desta sexta-feira (15), após ser alvo da Operação Joeira, coordenada pelo Mistério Público do Amazonas, cujo objetivo foi desarticular uma associação criminosa formada por policiais militares, um policial civil e outros indivíduos envolvidos em uma série de crimes na região, afirmaram em nota que “o processo judicial encontra-se em fase de investigação, ao passo em que no curso do mesmo a verdade dos fatos será devidamente comprovada”. A defesa também diz confiar “no Poder Judiciário e no devido processo legal”.
Segundo os advogados de Bruno Almeida, “as notícias e ilações divulgadas não merecem prosperar e contêm distorções que não refletem a realidade dos fatos. A defesa e o interessado sempre estiveram à disposição da Justiça” e que “todas as medidas legais estão sendo tomadas contra a disseminação de informações falsas”.
Por outro lado, segundo o Ministério Público do Amazonas, a investigação revelou a suposta prática de crimes como associação criminosa, furto qualificado, falsidade ideológica, peculato e corrupção passiva, que teriam sido cometidos por agentes públicos usando de suas funções para obter vantagens ilícitas e desviar recursos públicos.
Policiais, entre eles o oficial, segundo as apurações, utilizavam estrutura pública para práticas criminosas, incluindo o recebimento de “rachadinhas”.
As provas colhidas até o momento reforçam a gravidade das acusações e o impacto das ações dos denunciados na ordem pública e na credibilidade das instituições de segurança, diz o portal oficial do MPAM.
Na operação foram apreendidos mais de R$ 30.000,00 e diversos bens de luxo em condomínio de alto padrão situado em Manaus, além da apreensão de material com características de substância entorpecente.