A crise no sistema penitenciário do Acre resultou na exoneração do policial penal Glauber Feitoza, até então presidente do órgão, e de Marcelo Lopes, que ocupava cargo de diretor executivo operacional da instituição. Os desligamentos de ambos foram publicados em uma edição extraordinária do Diário Oficial na tarde desta sexta-feira (4).
Ainda de acordo com o DOE, o policial penal Alexandre Nascimento passa a ocupar o cargo de presidente do Iapen e Tiênio Rodrigues da Costa o de diretor executivo operacional.
A crise, que já é antiga no sistema penitenciário, explodiu no dia 26 de julho quando houve um verdadeiro massacre na unidade. Policiais penais foram feitos reféns e cinco presos, líderes da facção criminosa Bonde dos 13, foram mortos, três deles decapitados, segundo a polícia. Um policial penal foi atingido com um tiro de raspão no rosto. Após a presença do promotor de Justiça Tales Tranin e do advogado Romano Gouveia, da Comissão de Direito Criminal da Ordem dos Advogados do Brasil no Acre, os presos resolveram encerrar o motim.
Um dia após o massacre no presídio, o diretor-geral de Polícia Civil, delegado Henrique Maciel, falou em instauração de inquéritos.
"Após toda aquela situação, a rendição dos presos, a Polícia Civil entrou em campo para iniciar os trabalhos periciais. Foram instaurados dois inquéritos policiais ainda no presídio. Um para apurar a dinâmica do que aconteceu, do que causou essas mortes, e outro para tratar da dinâmica, de como tudo se iniciou no presídio. O trabalho da perícia é de grande importância para entendermos como tudo aconteceu, é primordial para esses casos", ressaltou.