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POLÍCIA

Após sete execuções, com direito a mortes coletivas, Segurança Pública do Acre permanece em silêncio

Após sete execuções, com direito a mortes coletivas, Segurança Pública do Acre permanece em silêncio

Ainda não se sabe oficialmente o nome das vítimas, quantos ficaram feridos. Não há nenhuma nota do governo nesse sentido.

Atônita e inerte. Assim amanheceu a Segurança Pública do Acre um dia após a noite sangrenta de sábado, 18, em que sete pessoas foram executadas em Rio Branco. A cúpula da Segurança e nem mesmo o governador Gladson Cameli (Progressistas) comentaram sobre a chacina da Transacreana em que seis pessoas foram brutalmente assassinadas.

O silêncio paira sobre o domingo, não se sabe o nome das vítimas até o momento. Também não se tem conhecimento de nenhuma operação policial no sentido de prender os autores desse delito. Enquanto isso, as pessoas seguem horrorizadas com a violência no Estado, que em 18 dias foram 30 mortes registradas.

Amanhã, segunda-feira, 20, o Ministério Público do Acre apresenta o “Anuário Sobre Violência e Criminalidade no Acre 2019”. Os dados trazidos pelos promotores e procuradores do MPAC certamente não diferem da contabilidade feita pela imprensa no ano passado. Embora, com leve redução em relação a 2018, o ano de 2019 terminou com execuções e a sensação de insegurança constante nas ruas.

Também se ouve um silêncio estarrecedor da bancada federal do Acre. Nenhum dos 11 membros da bancada acreana comentam a violência, com exceção do senador Sérgio Petecão (PSD/AC), que ontem, 18, disse que o acidente com o helicóptero Harpia 01 “é o retrato da nossa segurança”. Ou seja, destruída. Entretanto, a fala de Petecão foi analisada com conotação política, uma vez que, o grupo dele está rachado com o grupo do vice-governador Major Rocha (PSDB), encarregado pelo governador Gladson Cameli para comandar a Segurança do Acre.

Atualização

A relação de mortos foi divulgado a pouco pelo repórter policial Ithamar Souza. As vítimas fatais são:

1- Moisés Andrade da Silva, 42 anos.

2- Wilson Macedo Brito, 35 anos.

3- Marcos Lázaro Gomes de Almeida, 35 anos.

4- Leonardo de Lima Maia, 32 anos.

5- Rosalva Barroso de Freitas, 21 anos.

6- João Vitor Gomes de Oliveira, 16 anos.

A sétima vítima que ficou em estado grave no atentado foi Railson Silva de Souza, 19 anos. Ele foi alvejado na área da residência dele situada no Km-58 da AC-90.