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POLÍCIA

Asmac responde Segurança em tom duro e revela que há mais de 3 mil mandados sem execução no Acre

Asmac responde Segurança em tom duro e revela que há mais de 3 mil mandados sem execução no Acre

As declarações a cúpula interina da Segurança Pública do Acre na última segunda-feira (20) atiçaram os ânimos dos magistrados acreanos. Uma nota dura foi divulgada nesta terça-feira (21) pelo presidente da Associação dos Magistrados do Acre (Asmac). De acordo com o presidente Danniel Gustavo Bonfim é dever do Iapen manter a segurança e a integridade dos apenados e não culpar o Judiciário pela onda de violência, com fuga em massa, no Acre.

Um dado interessante foi revelado por Danniel Bonfim. As polícias do Acre têm em mãos 3.081 mandados que não foram cumpridos. Com isso, gera-se a impunidade.

“São ordens de prisão temporária, preventiva, e condenações criminais, fruto do incansável e corajoso trabalho dos juízes e juízas que não foram cumpridas por ineficiência do sistema de segurança, e nunca fomos na imprensa acusar o Executivo e suas polícias de morosidade. A culpa pelo não cumprimento dos mandados é da pasta da segurança pública do Executivo e não do Judiciário”, destaca Bonfim.

O magistrado diz, ainda, que “e, nesta toada paradoxal, a secretaria de segurança pública vai se esquivando de prestar contas à sociedade acerca das verdadeiras mazelas do sistema e se distancia cada dia mais da eficiência que a sociedade acreana tanto espera”.

Em um tom mais irônico e incisivo, Danniel Bonfim diz que o cidadão acreano espera um trabalho sério da Segurança Pública do Acre, que não permita que presos utilizem lençóis para fugir do cárcere.

“E não se fala, aqui, da tão (mal) aclamada “sensação de segurança”, mas de segurança efetiva, com investigações eficientes, um efetivo policial adequado e bem aparelhado e um sistema prisional bem estruturado e seguro, que não permita que todo o trabalho realizado pela Justiça se perca em uma fuga tramada com lençóis. Espera-se que a cúpula da segurança pública assuma seus erros e os corrija, abandonando o velho discurso político de empurrar a responsabilidade para os outros”, ratifica Bonfim.