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POLÍCIA

Bêbado, motorista de BMW brigava com a namorada no momento em que veículo atingiu Jhonliane Paiva

Bêbado, motorista de BMW brigava com a namorada no momento em que veículo atingiu Jhonliane Paiva

O fisioterapeuta Ícaro Teixeira Pinto, de 33 anos, motorista da BMW que pôs fim à vida de Jhonliane Paiva de Souza, de 30 anos, no dia 06 de agosto último, estava brigando com a namorada Hatsue Said Caruta Tanaka, de 28 anos, no momento em que o veículo atingiu em cheio a motocicleta pilotada por Jhonliane.

Bêbados, Ícaro e Hatsue já haviam discutido por ciúmes na casa de um dos amigos, onde passaram a noite numa festa “privê” regada à bebidas alcoólicas e muito energético. Ao entrarem no carro, contou a namorada de Ícaro, que se relacionava com ele há cerca de um mês, a discussão foi reiniciada.

Hatsue contou à polícia, em depoimento, que Ícaro até estava dirigindo em velocidade admissível para a Avenida Antonio da Rocha Viana, mas ao esquentar a briga do casal, ele começou a acelerar muito, momentos antes do acidente acontecer. Ícaro e a namorada fugiram do local do acidente, e esconderam o carro a cerca de 2 quilômetros após o local do acidente.

“Que ainda quando estavam na festa, por motivo de ciúmes, a declarante e Ícaro passaram a discutir de forma moderada, que a discussão foi percebida por alguns amigos; que saíram do local “brigados” (sic); que ao entrarem no veículo BMW, voltaram a discutir de forma mais áspera”, contou Hatsue à polícia, ao ser interrogada.

ICARO1

A Polícia Civil recebeu imagens de câmeras de segurança que mostram Ícaro e a namorada, minutos após o acidente, andando em uma das ruas do bairro Isaura Parente, exatamente a rua em que o veículo foi abandonado. Lá também, outro veículo deu apoio à fuga do casal, também de cor branca, contudo, diferente do veículo que estava participando do suposto “racha”.

Questionada sobre o veículo branco que passou ao lado da BMW em alta velocidade, dirigido por Alan Lima, Hatsue nega que o rapaz tenha participado da festa em que passou a noite com o namorado Ícaro, e conta que até o momento do acidente, não se recordava de ter visto Alan na festa ou mesmo que os veículos tenham saído juntos do local.

“Que não viu qualquer veículo modelo New Beetle, na cor branca, saindo do local no mesmo intervalo de tempo em que a declarante e ícaro dali saíram no veículo BMW”, contou a namorada do motorista da BMW, Ícaro Teixeira. A jovem, contudo, conta que estava em estado de embriaguez, e que, por isso, não se recorda bem das horas em que esteve na festa noturna.

O advogado de Alan Lima, procurado pelo portal Notícias da Hora, alega que as declarações de Hatsue são a comprovação de que o motorista do veículo branco, acusado de apostar racha em via pública, em nada colaborou com o acidente, e, coincidentemente, estava passando na avenida, em velocidade ainda não comprovada, ao lado da BMW.

“Foi ventilado que Alan estava praticando um racha em via pública, quando na verdade não estamos de um fato dessa natureza. A gente passa a conhecer outras circunstâncias que podem ter levado à esse episódio triste. Alan em momento algum estava nessa festa, e nunca, em nenhum momento, saiu em racha com o senhor Ícaro. Isso é uma grande falácia”, alega o advogado Giliarde Souza.

ICARO2

Segundo o criminalista, Alan não fugiu da cena do crime, até porque em nada contribui para que a jovem Jhonliane Paiva fosse atropelada e morta por Ícaro. O advogado destaca que após perceber o acidente, ainda assustado com tudo, curioso em saber o que tinha de fato ocorrido, Alan voltou ao local do acidente, mas foi embora após começar a ser apontado como responsável.

“O Alan, preocupado com o acidente que viu ocorrer, retornou ao local e parou o carro. Voltou inclusive na esquina do Posto Parati. Ao observar a cena no local, ele começou a ser e, temendo pela própria vida, com medo de ser agredido ou mesmo o veículo dele ser depredado, acabou indo embora. Mas ele não fugiu, ele saiu da cena, porque nada tinha a ver com o acidente”, conta o advogado.

“Por ser um garoto de 20 anos, vale dizer, em momento algum Alan foi procurado pela polícia, ou foi intimado. O contrário, espontaneamente, ao verificar a imagem do irmão sendo publicada, procurou a polícia e prestou os esclarecimentos necessários à elucidação desses fatos. Alan inclusive, foi quem apontou ao agente de trânsito em qual rua entrou a BMW após a colisão”, revela o advogado.

O advogado também comentou o fato de que Ícaro não foi ajudado por Alan, mas por um amigo chamado Diego, dono de um veículo ônix, de cor branca, para quem Ícaro ligou momentos após o acidente. “Diego foi a pessoa que deu a festa na casa onde o condutor da BMW passou a noite bebendo. Alan em nada contribuiu para essa fuga”, destaca o advogado criminalista.