A Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Acre (TJAC) decidiu acatar um habeas corpus solicitado pela defesa dos sargentos Cleonizio Marques Vilas Boas e Gleyson Costa de Souza, acusados pela morte da enfermeira Géssica Melo. A decisão, proferida na terça-feira, 30,
resultou na substituição da prisão preventiva dos militares por prisão domiciliar.
O julgamento do recurso ocorreu na sede do Tribunal de Justiça do Acre, onde os desembargadores Denise Castelo Bonfim e Francisco Djalma se posicionaram favoravelmente ao habeas corpus, enquanto Elcio Sabo Mendes foi contrário à decisão.
Segundo o advogado de defesa, Wellington Silva, a medida corrige um equívoco cometido na decretação da prisão preventiva. "O juiz de Senador Guiomard não observou que os dois policiais já estavam em prisão domiciliar quando decretou a preventiva", afirmou Silva.
O caso remonta ao crime ocorrido em 2 de dezembro do ano passado, quando Géssica Melo foi fatalmente alvejada durante uma perseguição policial realizada por uma guarnição do GEFRON (Grupamento Especializado em Fronteira).
Segundo a denúncia do Ministério Público do Acre, a enfermeira, em estado emocional fragilizado, teria ignorado duas barreiras policiais antes de ser atingida próxima a uma fazenda na BR-317, na região de Senador Guiomard. Apesar dos esforços dos próprios policiais em prestar socorro, a mulher não resistiu aos ferimentos.