No podcast Conversa Franca desta sexta-feira 13, os convidados foram os advogados Helane Christina e Carlos Venicius, ambos advogados de defesa de Alan Araujo, que a exemplo de Ícaro Pinto também aguarda o julgamento preso.
A advogada Helane Christina apontou que nas investigações ocorreram diversos erros e que não resta dúvida que seu cliente é inocente das acusações que são imputadas contra ele.
“Durante a investigação não demonstra que em nenhum momento os dois se alinharam para começar um racha. E essa perícia informa que o Allan estava a 87 quilômetros e o Ícaro a 151. Isso está na perícia, dentro do processo. Nenhuma outra testemunha que disse em algumas partes do depoimento em sede policial, em sede judicial, negou o que disse é tinha racha. Todas as outras negaram. Todas falaram: ‘eu não disse racha. Eu disse que eles estavam em velocidade alta. Eu nunca disse racha.’ Todas disserem a mesma coisa”, concluiu a advogada.
Helane comentou também que a própria perícia beneficia seu cliente, pois nela não se concluiu que Alan e Ícaro estavam fazendo racha.
“É tanto que o Ministério Público, quando deu a última entrevista, sabe o que ele disse: ‘nós vamos nos apegar à perícia. Eu vou falar da perícia’. A própria perícia não os beneficia porque a perícia, além de dizer que o Alan a todo momento estava numa velocidade baixa, muito abaixo do Ícaro, ele ainda informa que não tem como provar que houve um racha. Se a própria perícia diz que não tem como chegar à conclusão de um racha, onde estão as provas”, conclui a advogada.
Relembre o caso
Jonhliane foi vitimada em um acidente de trânsito, na manhã do dia 6 de agosto de 2020, na Avenida Antônio da Rocha Viana da capital acreana. Os acusados estão presos preventivamente. Ícaro foi denunciado pelo cometimento de homicídio doloso, omissão de socorro e embriaguez ao volante. Alan, por homicídio doloso.
O julgamento
O caso Jonhliane será levado a Júri Popular nos dias 17 e 18 de maio, a partir das 8h, no Fórum Criminal, situado na Cidade da Justiça em Rio Branco.
Conforme o rito estabelecido pela Lei n° 11.689/2008, primeiramente serão ouvidas as testemunhas de acusação, posteriormente as de defesa. Em seguida, os réus – Ícaro José da Silva Pinto e Alan Araújo de Lima – serão interrogados pelo Ministério Público e defesa.
Após depoimentos, começam os debates entre acusação e defesa, réplica e tréplica. Ao final, os jurados votarão e assim a sentença é definida pela maioria dos votos. Então, o juiz Alesson Braz encerra o julgamento lendo a sentença perante aos réus e todos presentes.
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