Apesar do aviso expedido pela Comissão Permanente de Segurança do Tribunal de Justiça do Estado do Acre deixar explícito de que a retirada dos adesivos dos carros oficiais “faz parte de algumas ações, instituídas pela comissão, para reforçar a segurança de magistrados e servidores”, a assessoria da Secretária de Segurança do Acre (Sejusp) procurou a reportagem na manhã desta terça-feira (6) para repassar uma gravação do coronel Dantas, que faz parte da Assessoria Militar do TJAC, tratando a informação veiculada pelo Notícias da Hora como “Fake News” e disse que a medida visa “valorizar a questão da identidade visual do Tribunal de Justiça”.
“Esse informe aí é altamente mentiroso, fake. A decisão de tirar os adesivos dos carros do TJ, essa decisão ela partiu da Comissão Permanente de Segurança, considerando que o cidadão vende o carro e o adesivo vai junto. O cidadão deixa o carro em casa e vai no carro de outro e não tem o adesivo para fazer o ingresso nas nossas instalações. A ideia é que cada um tenha o seu crachá, que no crachá tem uma série de informações, fotos, nomes, função e etc. E isso aí vai valorizar também a questão da identidade visual do Tribunal de Justiça. Então assim, a partir dos desembargadores, de segundo grau para todos os outros membros, a gente vai utilizar o crachá como fonte de informação nas guaritas. A devolução do adesivo é uma decisão tomada pela Comissão Permanente de Segurança e simplesmente resguardar isso. Não existe ameaça de facção nenhuma, não existe nada disso, tá. Mesmo se existisse esse tipo de informação já teria repassado pela Assessoria Militar a todos os senhores. Boa tarde!”, disse o coronel Dantas, responsável pela Segurança dos membros do TJAC.
Mesmo o chefe da Segurança do Tribunal negando a possibilidade de ataque de faccionados a membros do TJAC, o aviso expedido pela Comissão foi publicado no dia 30 de julho, um dia após uma tentativa de assalto a um carro oficial usado pelos segurança do presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Francisco Djalma enquanto ele jantava na companhia de magistrados e convidados em um restaurante de luxo, no centro de Rio Branco.