O chefe de departamento do Instituto de Administração Penitenciária, Magno Nascimento, está sendo acusado de utilizar uma caminhonete Hilux, de propriedade da instituição, para fins pessoais. O veículo fica com o servidor dia e noite, e estaria sendo utilizado para levar e trazer os filhos da escola e, ainda, para transportar a esposa do servidor.
Durante uma semana, a reportagem do Notícias da Hora observou o servidor público. Com o apoio de vizinhos e colegas de trabalho de Mago Nascimento, foi possível constatar de que forma caminhonete de cor branca é utilizada pelo chefe de departamento do órgão estadual. Mago é ligado a Robelson Dias, assessor direto do vice-governador Major Rocha.
Durante a semana de observação, foram feitos vídeos e fotografias do servidores público. Nascimento, como é conhecido dentro do Iapen, estaciona o carro na calçada de casa. Curiosamente, o servidor tem um veículo estacionado na garagem: um Renault Logan, também de cor branco, aparentemente novo, e em perfeita condição de uso.
Uma colega de trabalho de Magno, que teme ser perseguida no local de trabalho dela, caso identificada pela reportagem, ratificou a denuncia de vizinhos. “Eu mesma flagrei ele buscando a mulher com o carro aqui do Iapen. Ele tem as costas largas, se confia no Robelson e no [Major] Rocha”, comenta.
O Iapen foi procurado para comentar as denúncias, mas alegou que não tinha conhecimento oficial dos fatos. Contudo, destacou que tem controle do gasto de combustível e do uso dos veículos. A afirmação do órgão pode ser colocada em xeque com os registros audiovisuais apresentados pela reportagem do Notícias da Hora.
“Até o presente momento, não houve nenhum registro formal junto ao Iapen, que relate tal fato, sendo que a instituição soube da denúncia apenas após provocação da equipe de jornalismo do Site Notícias da Hora”, destacou ao dizer que um procedimento será aberto para apurar as denúncias.
“O Iapen não teve acesso às imagens da suposta ocorrência, no entanto, diante das informações, será aberto um procedimento administrativo para investigar a situação e, caso comprovado, realizar as devidas sanções previstas em Leis e regulamentos internos”, completa a nota.