Uma confusão gravada por clientes do Supermercado Araújo, em Rio Branco, deu o que falar nas redes sociais, neste domingo, dia 06: um policial à paisana sacou uma arma de fogo e ameaçou outro cliente aos gritos. Os seguranças da empresa precisaram intervir para evitar uma morte.
Um dos clientes, que é ameaçado de prisão pelo policial, alega em alto e bom tom que não cometeu nenhum crime. “Eu não cometi crime nenhum. Me prenda, me prenda!”, pede o homem. Na frente dele, uma mulher pergunta ao homem armado: “Você está falando que vai atirar nele? Você está louco?”.
Em meio à confusão, clientes e funcionários pararam a loja para ver o que estava acontecendo. O portal Notícias da Hora não conseguiu falar com a Polícia Civil para confirmar o motivo da confusão, mas os envolvidos teriam ido para a Delegacia de Flagrantes, no bairro Estação Experimental, para registro do caso junto à polícia.
Apesar de sacar a arma e ficar em posição de defesa, o cliente armado estava lidando com duas pessoas que não esboçavam nem mesmo a intenção de sacar uma arma, caso estivesse com uma. O nervosismo causou gritaria até que os ânimos fossem acalmados. O homem que recebeu voz de prisão não estava armado, nem ele, nem a acompanhando que o protegia.
REDE ARAÚJO EXPLICA – A Rede Araújo confirmou que o homem que recebeu voz de prisão teria tentado agredir um idoso dentro da empresa, e que, diante da atitude, considerada crime, o policial à paisana deu voz de prisão ao cliente. Após isso, com a confusão iniciada, os seguranças da empresa agiram rápido para acalmar os ânimos e cessar a briga. A Polícia Militar foi acionada pela empresa, que chegou ao lado e conduziu todos para a Delegacia de Flagrantes. A rede supermercadista destacou ainda que casos como esse são “atípicos” na empresa.
JÁ ACONTECEU – Em 2016, Rio Branco foi palco de uma confusão semelhante, mas que, diferente da ocorrida neste domingo, acabou em morte: o policial federal Victor Campelo atirou contra o estudante universitário Rafael Frota dento de uma boate. O crime chocou familiares, amigos e a sociedade acreana, e repercutiu nacionalmente.
Desarmado, Rafael teria entrado numa confusão ao lado de outros amigos, e, temendo pela vida, o policial federal Campelo acabou atirando várias vezes, tendo uma das balas atingido o estudante, que não tinha passagem pela polícia ou envolvimento com o crime. O policial, quase cinco anos após o crime, ainda não foi julgado.