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POLÍCIA

Criança de mulher assasinada no Cidade do Povo pode ter sido raptada há três semanas; vítima teria apontado pai da filha como responsável

Criança de mulher assasinada no Cidade do Povo pode ter sido raptada há três semanas; vítima teria apontado pai da filha como responsável

A Polícia Civil do Acre realizou, na manhã desta terça-feira, 25, uma entrevista coletiva para esclarecer detalhes sobre o assassinato de Yara Paulino da Silva, de 28 anos. A vítima foi brutalmente morta na tarde de segunda-feira, 24, no conjunto habitacional Cidade do Povo, em Rio Branco, após boatos de que teria matado a própria filha de apenas dois meses.

Durante a coletiva, a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) reforçou que a ossada encontrada em uma área de mata no conjunto habitacional não era humana, mas sim de um cachorro. A equipe policial já ouviu diversas testemunhas e segue colhendo depoimentos para esclarecer o crime.

Segundo as investigações, o ex-marido de Yara afirmou que a filha do casal está desaparecida há cerca de três semanas. A polícia descobriu que a própria vítima havia apontado o ex-companheiro como possível responsável pelo desaparecimento da criança. No entanto, nenhuma denúncia formal foi feita às autoridades.

“O que se tem até agora é que essa criança teria sido raptada há cerca de três semanas. Essa informação foi divulgada pela própria mãe, agora morta, que dizia que o pai poderia ter sido o responsável pelo sumiço da filha. No entanto, não há qualquer registro ou boletim de ocorrência relatando esse desaparecimento", explicou o delegado Alcino Júnior.

As investigações também apontaram que a menina não possui registro de nascimento. O casal tentou fazer o procedimento, mas houve um erro na documentação dos pais e o cartório negou a emissão. Desde então, eles não retornaram para regularizar a situação.

Crime pode ter sido ordenado por facção criminosa

A principal linha de investigação da polícia aponta que Yara foi vítima de uma "disciplina" imposta por membros de uma facção criminosa, e não um linchamento promovido por moradores do bairro.

"O que temos até agora indica que o crime foi motivado pela suposta morte da criança e foi executado por uma facção criminosa. Já identificamos alguns suspeitos que estavam no local, mas, por se tratar de uma investigação sigilosa, não podemos divulgar mais detalhes para não comprometer o andamento do caso", afirmou o delegado Leonardo Ribeiro, responsável pela apuração.

A Polícia Civil disponibilizou um contato para que testemunhas possam enviar informações e possíveis imagens do crime. Qualquer material pode ser encaminhado pelo telefone (68) 99912-2964.
As investigações seguem em andamento para localizar a filha da vítima e identificar os responsáveis pelo assassinato.