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POLÍCIA

Dados do MPAC apontam o fortalecimento de facções criminosas no Vale do Juruá

Dados do MPAC apontam o fortalecimento de facções criminosas no Vale do Juruá

Apesar do governador Gladson Cameli descarta a necessidade de intervenção na Segurança Pública, Ministério Público do Acre aponta a atuação de quatro facções criminosas no Estado, que disputam o tráfico de drogas e armas utilizando o Rio Juruá como rota para entrar no Brasil.

De acordo com dados do Observatório do Ministério Público do Acre, pelo menos quatro facções criminosas atuam no tráfico de drogas no Estado, utilizando a rota do Rio Juruá, como porta de entrada do entorpecente em solo brasileiro, vindo do Peru e da Colômbia, grandes produtores de cocaína.

O estudo apresentado no começo do mês em João Pessoa, na Paraíba, durante o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, aponta que a facção Primeiro Comando da Capital (PCC), facção com sede em São Paulo, tem buscado o Acre para expandir seus negócios. Para isso, utiliza-se da força de grupos criminosos locais, como o Bonde dos 13 (B13) e a Irmandade Força Ativa Revolucionária Acreana (Ifara).

No contraponto desse comércio ilegal, o Comando Vermelho (CV), facção criminosa com sede no Rio de Janeiro, vem atuando na região e buscando tomar a rota do Rio Juruá, como revelou reportagem publicada pelo jornal Estado de S. Paulo, no começo do mês.

O confronto entre o PCC e o CV tem deixado um rastro de sangue nas cidades acreanas, com mortes violentas que incluem decapitações e torturas. Além disso, um salto gigantesco no número de crimes contra o patrimônio com roubo de carros e motos tem sido registrado no Acre nos últimos três anos e acentuado nestes sete meses do novo governo, em que as facções desafiam o poder público e impõe medo e terror nas ruas, principalmente dos bairros periféricos de Rio Branco, cidade apontada como uma das 20 mais violentas do País, pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

Hoje, em entrevista na Rádio Aldeia, o governador Gladson Cameli (Progressistas) falou dos investimentos em Segurança, e contrariando a realidade das ruas, disse que neste momento não é necessária a intervenção de forças federais no Acre.

“Hoje não é necessário eu solicitar as Forças Armadas, a segurança nacional. O que eu estou solicitando e os acordos que já foram assinados é um intercâmbio das nossas policias com os governos do Amazonas e Rondônia. Que as nossas polícias possam entrar nos estados vizinhos e fazer o seu trabalho e vice e versa. E com o governo federal é a parceria nas fronteiras, com o Exército, com a Polícia Militar, Polícia Rodoviário Federal e Polícia Federal, para juntar as nossas polícias e a gente ter o nosso batalhão de fronteira funcionando a todo vapor, porque você sabe que as nossas fronteiras estão abertas”, disse o governador acreano que pretende em setembro instalar o Batalhão de Fronteira. (Com informações do Estadão)