A defesa de Railan da Silva Santos, conhecido como “Marechal” e apontado como o principal líder da facção Comando Vermelho no Acre, se manifestou por meio de nota pública após a veiculação de matérias jornalísticas que destacavam o indeferimento do pedido de habeas corpus pelo Tribunal de Justiça do Acre (TJAC).
De acordo com a nota assinada pela advogada Gleiciane Pereira, a defesa afirma que o mérito do habeas corpus impetrado ainda não foi analisado pelo TJAC e que as informações divulgadas foram precipitadas e incompletas, o que, segundo ela, compromete o exercício pleno do direito de defesa.
“A veiculação precipitada de informações incompletas, ao nosso ver, compromete não apenas o regular exercício do direito de defesa, como também obscurece a linha investigativa”, diz o texto. A nota também lamenta o que classifica como a busca por repercussão midiática em detrimento do compromisso com a verdade e com os princípios do devido processo legal.
A defesa de Railan reforça que continuará atuando para provar a inocência do réu e declara confiança no sistema judiciário. “A verdade será restabelecida com serenidade, técnica e firmeza jurídica”, finaliza a nota.
Railan está preso preventivamente desde a semana passada na Penitenciária Federal da Papuda, em Brasília, por decisão judicial que atendeu ao pedido de transferência feito pelas autoridades locais. Ele é investigado por envolvimento no assassinato de Tássio Cleiton Barreto Ferreira Alexandrino, crime que segue sob apuração da Polícia Civil.