..::data e hora::.. 00:00:00
gif banner de site 2565x200px

POLÍCIA

Delação premiada pode revelar novos detalhes sobre o envolvimento de servidores do Idaf no esquema criminoso investigado na Operação Fake Bois

Delação premiada pode revelar novos detalhes sobre o envolvimento de servidores do Idaf no esquema criminoso investigado na Operação Fake Bois

Uma delação premiada poderá revelar novos detalhes sobre o envolvimento de servidores do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Acre (Idaf) no esquema criminoso que esquentava Guia de Trânsito Animal (GTA) e burlava investigações que o órgão publico deveria fazer em relação ao trânsito de rebanhos bovinos no Estado.

A reportagem teve acesso à delação premiada de um servidor. Ele faz um relato detalhado de fatos que podem reativar a investigação deflagrada em 2022, pelo delegado Pedro Resende. À época, a denúncia foi apresentada por um dos diretores do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Acre.

A descoberta da existência de corrupção relacionada à emissão de GTA foi o estopim da denúncia que também chegou à fiscalização na verificação na autenticidade dos documentos emitidos, já que havia indícios de inserção de informações falsas no sistema de informática operado por servidores do Idaf.

À época, foram cumpridos um mandado de prisão contra um servidor afastado e outro de busca e apreensão de mídias digitais para aprofundar as investigações. Segundo o delegado Pedro Resende, à frente do caso na época, a ação criminosa beneficiava pelo menos 30 pecuaristas. Toda ação era facilitada por servidores públicos.

Segundo a Polícia Civil, os investigados falsificavam a Guia de Trânsito Animal (GTA) e promoviam a entrada de gado roubado, gado de outros estados e da Bolívia sem procedência sanitária identificada pelos órgãos responsáveis pela fiscalização da atividade pecuária no Estado do Acre.

A denúncia foi apresentada pelos gestores do Idaf que realizaram um levantamento e detectaram uma série de irregularidades cometidas no órgão. “As ações estariam ocorrendo há muitos anos”, destaca um dos gestores do Idaf. Ele disse que foram obrigados a fazer backups diários do sistema porque dados estavam sendo deletados.

De acordo com um levantamento apresentado por um dos diretores do Idaf, a arrecadação do órgão aumentou sensivelmente após a investigação, já que os documentos passaram a ser emitidos com exatidão, com todas as taxas cobradas e recolhidas e a fiscalização passou a funcionar para coibir desvios no órgão.