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POLÍCIA

Delegado aposentado propõe toque de recolher em todos os bairros a partir de 22 horas

Delegado aposentado propõe toque de recolher em todos os bairros a partir de 22 horas

Delegado aposentado disse que é necessário criar uma delegacia especializada no combate às facções criminosas, além de instalar uma operação denominada ‘ponto final’, onde teria como missão o toque de recolher em todos os bairros a partir das 22 horas com policiamento nas ruas.

O ex-deputado estadual e ex-diretor-geral da Polícia Civil, delegado aposentado Walter Prado voltou a falar a respeito da Segurança Pública no Acre. Dessa vez ele comentou os dados apresentados esta semana pelo Instituto Sou da Paz que colocou o Acre entre os estados da federação com pior índice de elucidação, 27,5%. De acordo com o estudo “Onde Mora a Impunidade?”, o Acre ocupa a terceira posição no ranking ficando atrás do Pará (10,3%) e do Piauí (23,6%).

Contrariando a lógica até aqui apresentada pelo Sistema de Segurança Pública, Walter Prado disse que é necessário montar uma estrutura do Estado de combate ao crime organizado. Isso passaria, na avaliação dele, por quatro medidas básicas. Entre elas a institucionalização do toque de recolher a partir das 22 horas, a criação de uma delegacia especializada, com competência para atuar no Acre inteiro. Além da criação de uma ouvidoria e a mais amarga das medidas: a operação ponto final, que teria o caráter de combater o crime de modo mais ostensivo.

“A criação de uma equipe especializada para investigar os crimes hediondos, perseguição completa. Tem mais de mil crimes com autoria desconhecida, quem não elucida, não combate. É só papo. A criação de uma delegacia especializada, com atribuição no Estado todo para fazer identificação dessa bagunça, que eles denominam de organização criminosa, esses de sandália de borracha que ficam perturbando nos bairros. Isso daí tinha que dá o toque de recolher, uma equipe própria. A partir das 22 horas recolhe tudo para a delegacia. Por que? Porque a legislação autoriza, qualquer pessoa suspeita pode ser detida por 15 dias para ser investigação. Leva tudo para a delegacia. A quarta medida, ela seria especifica para os crimes hediondos . Seria uma espécie de ponto final. Na minha opinião seria o começo da limpeza. Isso aí eu tinha num plano, mostrei às autoridades, mas houve uma generalização que qualquer um resolve isso aí sem planejamento. É bíblico, aonde não se usa a inteligência, não se combate. Ninguém diz, mas levanta os crimes sem autoria, os crimes hediondos. Quando se criou aquele movimento era para apurar 40 crimes do esquadrão da morte, apenas. Precisa a Polícia na rua. Não combate com esse negócio de inteligente, a inteligência é a rua. Povo tem que ter a sensação da segurança, não tem. Os números estão aí”, disse Prado.

Desafiando a cúpula da Segurança Pública, Walter Prado disse que caso a pasta estivesse em seu comando, em seis meses ele resolveria o problema da insegurança vivida pelos acreanos.

“O índice de elucidação do Acre atinge, com certeza, o pior índice do Brasil. A população está dizendo, mas como não tem ouvidoria, ela fica como se diz: angustiada, preocupada. Não precisa mais que seis meses, fazendo com sabedoria e a polícia na rua para acabar essa bagunça. A partir das 10 horas da noite é toque de recolher. Ah, diz que não pode: pode, chega de manhã cedo e comunica para o juiz que está lá para ser investigado. Quem está pagando o pato são os pobres. Nos bairros tem pagamento, quem quiser ficar quieto está pagando”, disse o ex-diretor-geral de Polícia Civil.

E acrescenta: “O que não pode ser conduzido a uma delegacia é cidadão, mas vagabundo, bandido. Bandido tem que ser tratado como bandido, enquanto não fizer isso pode esquecer redução dos índices de violência em qualquer cidade. Vai lá no Rio vê o que o cara está fazendo. Aqui é fichinha, não gasta mais que seis meses”.