O diretor de Polícia Civil do Acre, delegado Josemar Portes, disse durante coletiva na manhã desta quarta-feira (4), para falar sobre a Operação Candeeiro, que apura a existência de um suposto grupo criminoso que agia na contratação dos serviços de instalação de led nos estados do Acre, Rio de Janeiro e Espírito Santo, que o que foi colhido até o momento aponta para a possibilidade da fraude na execução dos contatos.
"Há algum tempo a Polícia Civil investiga possíveis manipulação ou falhas ou fraudes na execução de contratos mantidos pelo poder público no sentido de fomentar a iluminação pública. O que foi colhido até o momento aponta para a possibilidade de fraudes na execução desse contrato", afirmou.
As investigações apontam para o cometimento de crimes de peculato, lavagem de dinheiro, associação criminosa e crimes contra administração pública.
Foram cumpridos 23 mandados de busca e apreensão em empresas executoras dos serviços de iluminação em Rio Branco, Brasileia e Epitaciolândia, no Acre; Vitória, Serra e Colatina, no Espírito Santo; e no Rio de Janeiro.
A ação envolveu 120 policiais civis dos três estados.
Em agosto de 2020 a prefeitura de Rio Branco anunciou que em 180 dias a cidade estaria com nova iluminação, depois de contratar um empréstimo de R$ 48 milhões para a instalação dos serviços. Em dezembro do mesmo ano, a gestão anterior suspendeu o contrato após mais de R$ 23 milhões terem sido gastos, sob a justificativa de não ter tempo hábil para o pagamento da empresa.
Prisões
Durante a operação, duas pessoas foram presas em flagrante no estado do Espírito Santo com drogas, armas e munições. O delegado informou, porém, que essas prisões e apreensões não tem nada a ver com a operação.