Mais uma fuga registrada no sistema prisional do Acre reacende o alerta sobre a fragilidade da gestão do Instituto de Administração Penitenciária (IAPEN). O episódio ocorreu por volta das 11h da manhã de quarta-feira, 22, quando um detento conseguiu escapar durante uma escolta externa realizada por apenas um policial penal — medida que contraria os protocolos mínimos de segurança estabelecidos para esse tipo de operação.
A ocorrência expõe não apenas a falta de planejamento, mas também o colapso administrativo que se instalou nas unidades prisionais do estado. Servidores denunciam que o atual diretor operacional é praticamente desconhecido da tropa e ausente das rotinas de segurança, o que compromete o comando e a execução de ações preventivas.
“Enquanto a alta cúpula do IAPEN se ocupa com disputas internas e perseguições a servidores, a ausência de liderança efetiva e de protocolos rígidos tem contribuído para o aumento de incidentes e a sensação de insegurança entre os profissionais que atuam na linha de frente”, afirmou uma testemunha que preferiu não se identificar.
Agentes penitenciários cobram providências urgentes e uma mudança na postura da administração, que precisa priorizar a segurança institucional e o fortalecimento das equipes operacionais. A fuga de ontem é mais um sintoma de uma crise que parece longe de terminar — e que ameaça a integridade do sistema prisional acreano.