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POLÍCIA

Docentes, pais e alunos pedem apuração de casos de assédio sexual na Ufac e Colégio de Aplicação

Docentes, pais e alunos pedem apuração de casos de assédio sexual na Ufac e Colégio de Aplicação

Professores e acadêmicos da Universidade Federal do Acre (Ufac) protestaram na manhã desta sexta-feira, 17, no Campus Rio Branco, pedindo celeridade na apuração de casos de denúncia de abuso sexual na instituição de ensino superior e no Colégio de Aplicação, mantido e gerido pela universidade. Raquel Ishii, membro do comando local de greve, comentou sobre o ato.

"Fizemos esse agrupamento de pessoas, com estudantes, professores e técnicos administrativos com um pauta extensa de reivindicações junto a reitoria. Há muito tempo estamos questionando o tipo de tratamento que a Ufac vem dando para casos de assédio sexual no interior da sua instituição, isso de forma horizontal em todos os setores de camping", frisou Ishii.

Ela também comentou que até o momento, a instituição não tem um protocolo específico para dar celeridade à apuração dos casos, e também um protocolo de atendimento às vítimas para acompanhar de fato o que está acontecendo.

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"Tem casos de processos que ficam parados por anos! Então a morosidade nesse tipo de caso é uma espécie de recompensa para um crime que é o assédio sexual. Então, o conjunto de docentes aprovou em Assembleia Geral de Greve esse ato de insatisfação com tudo que está acontecendo. Nossas pautas têm um conjunto de 28 itens que devem ser discutidos, mas esse é o tema principal de hoje. Sobre as outras questões que envolvem os servidores, vamos protocolar a denúncia na reitoria e solicitar a agenda de negociações para a gente discutir ponto a ponto as reivindicações".

Ainda sobre os casos de assédio, Raquel salientou que o número de processos não é divulgado pela reitoria. "Atualmente, a gente sabe da existência de vários processos. Em relação ao colégio gerido pela Ufac, fica ainda mais difícil. Os processos estão ocultos. Tentamos obter o número da quantidade de processos, porém, não tivemos êxito. Temos a informação de que são vários, mas a gente não obteve essa informação da ouvidoria e eu acho que seria importante a gente cobrar. Os relatos são de abusos praticados há vários anos e nada é feito para punir os responsáveis,
isso é uma forma de incentivar, inclusive, que esse tipo de situação continue acontecendo", concluiu.

A reportagem do NH tentou entrar em contato com a reitoria da Ufac, mas até o fechamento desta obteve retorno. O espaço permanece aberto para eventuais manifestações da instituição de ensino superior.