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POLÍCIA

Em coletiva, Sejusp nega rebelião e diz que houve tentativa de fuga com reféns

Em coletiva, Sejusp nega rebelião e diz que houve tentativa de fuga com reféns

No final da manhã e início da tarde desta quinta-feira, 27, o staff do Sistema Integrado de Segurança Pública (SISP), reuniu a imprensa em coletiva para fala sobre a rebelião iniciada na manhã de quarta-feira, 26, no presídio de segurança máxima Antônio Amaro Alves, em Rio Branco.

O primeiro a falar foi o secretário de Segurança do Estado, José Américo Gaia, que, juntamente com representantes de outros órgãos que integram o setor, apresentou a dinâmica da ocorrência e também de toda operação realizada para conter a rebelião.

Gaia iniciou afirmando que não houve rebelião, mas sim, "uma tentativa de fuga mal sucedida com a tomada de refens"

"Não foi uma rebelião, o que tivemos foi tentativa de fuga, onde treze detentos ao tentarem fugir, rederam o faxineiro e um policial penal. Diante disso, de imediato foi ativado o Gabinete de Crise, que é composto pelas forças de segurança do Acre, com apoio do MP e do Poder Judiciário e começamos a tratar do assunto", explicou Américo Gaia.

Gaia destacou também que durante a ação policial, foi feito o isolamento de todo o perímetro para que os trabalhos fossem realizado, destacando ainda o esforço de Gladson Cameli, que mesmo fora do Acre buscou apoio do Governo Federal por meio do Ministério da Justiça. Cerca de 200 políciais de todas as forças foram mobilizados.

" Foram mobilizados 200 profissionais da Segurança, além do reforço de 36 viaturas. Também mobilizamos as forças de Segurança em todas as cidades acreanas onde existem unidades prisionais. Os negociadores conseguiram conter toda situação em menos de 24 horas".

Com a rendição dos presos, o secretário pontuou de forma positiva a recuperação de 15 armas, longas e curtas, tomadas pelos rebelados e que foram usadas durante a ocorrência. O saldo negativo ficou por conta da morte de 5 detentos, de acordo com a Sejusp, fruto da guerra entre as facções que ocorrem dentro e fora dos presídios.

O secretário não soube explicar, contudo, como foi que os presos conseguiram sair de suas celas, render os reféns, ter acesso a sala da reserva de armas e ainda como conseguiram acessar o pavilhão onde estavam os líderes da facção rival que foram executados.

"Nesse momento as equipes do Instituto de Criminalística estão empenhados nos trabalhos periciais. É muito prematuro fazer qualquer afirmação nesse sentido, mas já foi iniciado o processo de apuração para que todos esses pontos sejam esclarecidos", disse Gaia, concluindo que também está sendo apurado se houve envolvimento de servidores e a facilitação, de alguma forma, contribuindo para o ocorrido.

O procurador-chefe do MPAC, Danilo Lovisaro parabenizou a ação dos órgãos de Segurança.

"Aproveito o momento para reforçar o reconhecimento do MP em relação à dedicação de toda força policial que se dedicaram ao máximo para que tivéssemos sucesso. Neste momento, existe um trabalho importante a ser realizado, que são as perícias feitas no local. A união das instituições foi fundamental.
Acompanhamos as investigações e estamos colaborando naquilo que é necessário", concluiu o magistrado.

Sobre áudios vazados em grupos de whatsapp e nas redes sociais, o SISP informou que todas as forças estão atentas à movimentação dos grupos criminosos e que os setores de inteligência estão trabalhando para identificar e coibir qualquer ato criminoso que resulte em novas mortes, dentro e fora dos presídios.