A família de Thiago Enéas do Nascimento, de 20 anos, que desapareceu no dia 30 do mês passado, tem vivido momentos de angústia e incerteza desde que começou a receber informações sobre o paradeiro do adolescente.
Segundo relatos da irmã, Samanta Nascimento, o jovem havia planejado um encontro com uma garota no bairro Cidade Nova, Segundo Distrito de Rio Branco. No entanto, o que parecia ser um encontro comum tomou um outro rumo.
"Ele saiu de casa por volta das 10 horas. Ele pediu o Uber pra ir pra lá pra esse bairro conhecer uma menina. Quando foi umas 11 horas, ele mandou um vídeo chamada dizendo que tinham 'pegado' ele lá, prendido ele lá no bairro, porque ele era um homem desconhecido, eles queriam saber quem era", disse.
A família suspeita que o suposto encontro possa ter sido uma armadilha, pois Thiago não tinha envolvimento com facções, mas fazia gestos associados a elas. Em uma vídeo chamada subsequente, um homem exibia o celular de Thiago com uma foto em que ele fazia um símbolo de facção, levantando dúvidas sobre os motivos do sequestro.
Samanta afirmou que, durante a conversa, o grupo prometeu libertar seu irmão, mas não cumpriu a promessa.
"Umas duas horas da tarde ele disse que ia pedir o Uber para voltar para casa. Foi quando a gente ligou pra saber se ele já estava vindo, mas só dava na caixa postal, celular desligado."
O drama da família agravou-se quando a mãe de Thiago recebeu duas ligações informando que o jovem já estava morto e que seu corpo teria sido jogado no Rio Acre.
"Horas depois ligaram para minha mãe e disseram que o Thiago já estava sem vida, que tinham amarrado um tijolo na perna dele e jogado seu corpo no Rio Acre," desabafou Samanta.