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POLÍCIA

Estudo do CNJ aponta que mais de mil presos no Acre podem ter penas reduzidas por ‘lei do tráfico privilegiado’

Estudo do CNJ aponta que mais de mil presos no Acre podem ter penas reduzidas por ‘lei do tráfico privilegiado’

Mais de mil detentos condenados por tráfico de drogas no Acre (1.039), cerca de 24% do total, podem ter penas reduzidas por lei do ‘tráfico privilegiado’. Foi o que revelou o estudo recente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Isso significa que, por serem réus primários, com bons antecedentes e sem vínculo com organizações criminosas, essas pessoas poderiam ter suas penas reduzidas para menos de cinco anos e cumprir a condenação em liberdade, por meio de medidas alternativas.

A informação faz parte de uma análise nacional que avaliou 378 mil sentenças por tráfico de drogas até abril de 2024. A pesquisa aponta falhas na aplicação da Lei 11.343/2006 (Lei de Drogas), sobretudo nas regiões Norte e Nordeste, onde o sistema prisional enfrenta superlotação e condições precárias.

No Acre, dos 4.369 presos por tráfico, mais de mil poderiam ser beneficiados com a revisão da pena. Segundo o CNJ, a adoção do tráfico privilegiado nesses casos representa uma oportunidade concreta de desafogar as unidades prisionais, permitindo melhores condições para os detentos que permanecerem encarcerados e reduzindo os custos para o Estado.

O estudo também denuncia a forma inconsistente como a legislação tem sido aplicada. De acordo com levantamento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), em 47,6% dos casos em que o tráfico privilegiado foi negado, as decisões judiciais se basearam em justificativas genéricas, como “dedicação à atividade criminosa”, sem apresentação de provas concretas.