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POLÍCIA

Ex-comandante e ex-subcomandante da PM denunciam militares que pediram suas exonerações por suposto crime contra a disciplina militar

Ex-comandante e ex-subcomandante da PM denunciam militares que pediram suas exonerações por suposto crime contra a disciplina militar

Como um de seus últimos atos enquanto comandante da Polícia Militar do Acre (PMAC), o coronel Mário Cesar Souza de Freitas, encaminhou oficio ao Juiz de Direito da Auditória Militar do Acre, Alesson José Santos Braz pedindo a apuração de possíveis atos de indisciplinas de militares representantes das associações militares da PM e Bombeiros.

No ofício encaminhado pelo oficial ao magistrado, datado de 08 de maio, são citados os nomes dos militares Joelson Souza Dias, presidente da AME; Francisco de Assis Germano, presidente do clube de Subtenentes e Sargentos da PMAC; Igor Oliveira, presidente APRAPMAC e Diego Júnior da Silva, presidente APRABMAC.

A motivação para o pedido de punição dos militares seria uma carta aberta elaborada pelas associações ao governador Gladson Cameli (PP) e ao vice-governador Wherles Rocha (PSDB), onde pediam a exoneração do comandante e subcomandante da Polícia Militar.  

O pedido de exoneração surgiu depois de algumas medidas adotadas pelo Comando Geral da PM, que segundo as entidades representativas, estariam oprimindo a tropa, com escalas apertadas e a retirada da escala de folgas dos militares por apreensão de armas de fogo, entre outros. A nomeação do primo de Gladson Cameli, o Tenente-coronel José Rosemar Andrade de Messias ao cargo de subcomandante foi a gota d’água, pois subcomandante e comandante tinham atitudes hostis frente aos praças e oficiais administrativos, criando um clima tenso dentro da corporação.

A denuncia foi encaminhada na ultima semana para a Corregedoria da Polícia Militar para instauração de Inquérito Policial Militar. Os militares, representantes dos policiais e bombeiros militares, negam qualquer tipo de insubordinação e crime contra a disciplina militar.

“O clima estava tenso, hostil e militares insatisfeitos com o comando, o que fizemos foi levar ao conhecimento do governador e vice-governador oque estava acontecendo dentro da corporação. Produzimos um documento, uma carta aberta relatando todos os problemas e apresentamos. Não fomos insubordinados e muito menos fomos contra a disciplina militar e a hierarquia, apenas defendemos a nossa categoria”, afirmaram.